Estudo afirma que pessoas que fazem exercício respondem melhor à vacina contra covid

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 15 de agosto de 2021 às 11:30
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Para chegar a esta conclusão, pesquisadores da USP estudaram mais de mil voluntários já imunizados

Covid

Para chegar a esta conclusão, pesquisadores da USP estudaram mais de mil voluntários já imunizados

Manter um estilo de vida fisicamente ativo pode ser uma estratégia para turbinar a resposta imune induzida por vacinas contra a COVID-19.

Essa é a conclusão de um estudo feito com 1.095 voluntários por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores.

Os dados foram divulgados nesta semana, mas ainda sem revisão por pares, na plataforma Research Square.

O benefício proporcionado pela atividade física foi observado principalmente entre os participantes que se mantinham ativos ao menos 150 minutos por semana e não apresentavam comportamento sedentário, ou seja, não passavam mais de oito horas diárias sentados ou deitados.

Considerou-se como “tempo ativo” tanto aquele dedicado aos exercícios e outras atividades de lazer (caminhada, corrida, dança, natação, passear com o cachorro etc.

Assim como também atividades domésticas (limpar a casa, cuidar do jardim, lavar a roupa na mão, ao trabalho (carregar pesos, realizar consertos e aos deslocamentos de rotina (andar a pé ou de bicicleta até o trabalho, o supermercado ou a escola, por exemplo).

O nível de atividade física foi mensurado por meio de entrevistas telefônicas. Foram considerados “ativos” os voluntários que relataram ao menos 150 minutos de atividades semanais, somando os vários domínios analisados.

“Uma pessoa que corre durante uma hora todos os dias e passa o resto do tempo sentada em frente a uma tela é considerada ativa e sedentária ao mesmo tempo.

E completou: “As respostas mais consistentes foram vistas entre os pacientes que realizavam 50 minutos ou mais de atividade física diariamente”, conta Gualano.

Estudos anteriores também mostraram que um estilo de vida ativo protege contra o agravamento da COVID-19 e, de modo geral, reduz internações (leia mais em agencia.fapesp.br/34659/).

“A promoção da atividade física pelos gestores e formuladores de políticas públicas é algo fundamental. É uma intervenção barata, fácil de escalar para toda a população e pode fazer ainda mais diferença no caso de pessoas com sistema imune menos eficiente, como pacientes com doenças autoimunes e idosos”, opina Gualano.

Embora só tenham sido avaliados indivíduos imunizados com a CoronaVac, o pesquisador considera “plausível” que o mesmo efeito seja observado com todas as vacinas contra a COVID-19 e também contra outras doenças.

O artigo Physical activity associates with boosted immunogenicity of an inactivated virus vaccine against SARS-CoV-2 in patients with autoimmune rheumatic diseases pode ser lido em:

www.researchsquare.com/article/rs-782398/v1.


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