Emagrecer melhora a saúde, mas deixa pessoas infelizes, diz estudo

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de fevereiro de 2020 às 10:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:19
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Os voluntários da pesquisa apresentaram uma probabilidade 50% mais elevada de se sentirem tristes,

Pessoas que sofrem de excesso de peso e depois emagrecem apresentam uma maior probabilidade de se sentirem profundamente infelizes, comparativamente às que mantém o mesmo peso. 

O estudo publicado no periódico científico PLOS One, e divulgado pela BBC News, examinou 1,9 mil indivíduos britânicos com excesso de peso e com mais de 50 anos, que haviam sido aconselhados a perder peso por questões de saúde.

A equipe de pesquisadores britânicos da Universidade College London (UCL) concluiu que quem perdeu mais de 5% de peso ficou mais saudável, porém mais propenso a estar frequentemente mal humorado.

Nesse sentido, os especialistas recomendam que quem estiver tentando emagrecer deve procurar o apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde, caso sinta necessidade.

Os pacientes foram observados durante quatro anos, ao longo dos quais foram monitorizados relativamente ao peso, pressão sanguínea e nível de lipídios ou gordura no sangue. 

Apesar da ‘infelicidade’ sentida, 278 pessoas que emagreceram também registraram uma queda na pressão arterial e nos níveis de gordura.

As dificuldades da dieta

Os voluntários apresentaram uma probabilidade 50% mais elevada de se sentirem tristes, comparativamente àqueles que mantiveram o mesmo peso.

Para os cientistas, tal pode ser explicado devido à dificuldade de se manter um regime de restrição calórica, como por exemplo ter que resistir a petiscos e evitar encontros com amigos que envolvam refeições.

Os pesquisadores dizem não querer desestimular as pessoas a tentar perder peso, porque isso traz enormes benefícios de saúde. 

“Mas as pessoas não devem ter a expectativa de que emagrecer vai imediatamente melhorar todos os aspectos das suas vidas”, afirmou a médica Sarah Jackson, que coordenou a pesquisa, em declarações à BBC News.


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