Destino da Previdência deve ser decidido até agosto; francanos temem

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de junho de 2017 às 13:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:13
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Pessoas temem que texto seja aprovado na íntegra e aposentadoria se torne mais difícil

O secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, disse nessa sexta-feira que o governo espera aprovar a reforma da Previdência até agosto, e no formato em que foi aprovada na comissão especial criada para tratar do tema na Câmara dos Deputados.

Na prática, a aposentadoria terá muitos fatores que a tornarão menos acessível. Em Franca, as pessoas temem que o benefício se torne praticamente um sonho impossível.

“Tenho 25 anos de registro em carteira e 42 de idade. Se mudarem, vou ter que trabalhar mais duas décadas para aposentar, sendo que na regra atual faltam dez anos. Acho errado mudar para quem já está no mercado”, afirmou o trabalhador na construção civil Roberto Alves.

Mas o governo não está sensível a essas situações. “Quem define a velocidade de tramitação e o conteúdo dessa matéria é o Congresso Nacional. O Congresso tem total autonomia. A perspectiva do Executivo é manter o plano da reforma tal qual foi aprovada na comissão especial, sem alterações e também na perspectiva de aprovação até agosto deste ano”, afirmou. “O governo está confiante”, acrescentou Caetano.

Para o sapateiro Carlos Alvarenga, os deputados que se posicionaram a favor do governon cairão no descrédito da população. “Vão acabar com o trabalhador que muitas vezes já se programou para aposentar e se esforçou muito para isso. A população não pode aceitar isso pacificamente”, disse.

Há ainda um recesso parlamentar de 18 a 31 de julho, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na quinta-feira (15) que, caso a Procuradoria-Geral da República (PGR) decida denunciar Temer por causa da delação da JBS, a Casa pode suspender o período de descanso para dar prioridade ao pedido. O Supremo Tribunal Federal (STF) só pode investigar o presidente caso a Câmara vote nesse sentido.


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