Depois da definição de Dória, como que a 3ª via se articula para a eleição de 2022

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 29 de novembro de 2021 às 16:30
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Os candidatos da 3ª via esperam arregimentar apoios e demonstrar até março de 2022 que seus projetos possuem perspectiva de poder

Ciro Gomes, João Dória, Sérgio Moro, Rodrigo Pacheco, Simone Tebet e Felipe D’Ávila aparecem como candidatos da terceira via

O fim das prévias tucanas serviu para delimitar uma espécie de núcleo duro do centro político para a disputa presidencial de 2022.

Expandido por mais sete pré-candidaturas, a chamada terceira via tem agora três postulantes que trabalham efetivamente para liderar uma candidatura: Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB).

Ciro e o PDT têm assegurado que não abrem mão da disputa. O governador paulista e o ex-juiz da Lava Jato admitem a ideia de composição futura.

Ambos, porém, esperam arregimentar apoios, demonstrando até o fim do primeiro trimestre do próximo ano que seus projetos possuem mais perspectiva de poder.

Até abril

O tucano conta com uma vantagem: segue no comando do Estado mais rico do País até abril, quando, por força de lei, terá de se desincompatibilizar.

Nesses quatro próximos meses, Doria pretende inaugurar estações de metrô e trechos de rodovias, anunciar investimentos internacionais, assinar novas concessões e, claro, nacionalizar ainda mais seu discurso, além de refazer pontes para atrair novos e antigos aliados.

Ao Estadão, o tucano disse que pretende conversar com outras lideranças da chamada terceira via assim que voltar de sua viagem oficial para os EUA.

Por enquanto, cada um por si

“Quero me reunir, primeiro, com os outros pré-candidatos do PSDB, Eduardo Leite e Arthur Virgílio, e com o presidente do partido, Bruno Araújo. Em seguida, vou procurar os presidentes dos partidos do nosso campo para conversar”, afirmou o governador.

Enquanto Doria planeja os próximos passos, Moro segue rodando o País: anunciou agendas em São Paulo, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

Apesar de abandonar a toga para integrar o governo de Jair Bolsonaro como ministro da Justiça, ele quer se apresentar como o “novo” na política, aliando ao combate à corrupção as bandeiras de responsabilidades fiscal, ambiental e social.

Ainda postulando uma vaga na terceira via estão Felipe D’Ávila, do Partido Novo, Simone Tebet, do MDB, e Rodrigo Pacheco, do PSD.


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