Comércio varejista pode ter perdido quase R$ 1 trilhão durante a pandemia de covid

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 28 de julho de 2021 às 11:00
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Segundo um analista do Itaú-Unibanco, o e-commerce “ganhou uma participação que não vai devolver mesmo após a pandemia”.

Segmentos como materiais para escritório e informática, tecidos, vestuário e calçados apresentaram perdas significativas.

Fora da área industrial, um setor com elevadas perdas desde o início da pandemia é o comércio varejista.

Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), calcula em R$ 873,4 bilhões a perda acumulada de fevereiro de 2020 a maio deste ano.

Ele ressalta que há discrepância entre segmentos.

Segundo ele, supermercados, produtos alimentícios e bebidas, por exemplo, avançaram com a pandemia.

Já segmentos como equipamentos e materiais para escritório e informática, tecidos, vestuário e calçados apresentaram perdas significativas.

As vendas online, por outro lado, se destacaram.

Para Pedro Renault, economista do Itaú Unibanco, o e-commerce “ganhou uma participação que não vai devolver mesmo após a pandemia”.

Esse tipo de venda puxou também a logística que, antes, atuava com grandes centros de distribuição em galpões fora dos centros urbanos.

“Agora, as empresas buscam terrenos dentro das cidades e atuam com o chamado ‘last mile’, que é a entrega com um caminhãozinho na porta do cliente.”

A previsão da CNC é que o varejo, no geral, tenha uma alta de 4,5% nas vendas este ano, a maior taxa em nove anos. Mas Bentes ressalta que o aumento é sobre uma base fraca.


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