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O agente de segurança está descaracterizado, com a substituição do uniforme e desconstrução da imagem da ostensividade e desconfiança

Agentes do Carrefour mudam de uniforme para acabar com estigma de seguranças e também trabalham com câmera acoplada
A morte de João Alberto Freitas, espancado e morto por seguranças do Carrefour, em novembro de 2020, foi um divisor de águas na forma da companhia administrar o setor de vigilância.
Até então, como a maioria dos varejistas, o Carrefour terceirizava essa área. Depois desse crime, o Carrefour decidiu internalizar os funcionários dessa área e adotar uma gestão humanizada.
Para comandar essa mudança, o Carrefour chamou Claudionor Alves, que assumiu a diretoria de segurança, riscos e prevenção em fevereiro deste ano. A reportagem é do portal 6 Minutos.
Para que nenhuma pessoa seja perseguida, discriminada ou intimidada dentro das lojas Carrefour, os agentes de segurança passaram por treinamentos sobre respeito e letramento racial.
Adeus uniforme preto
Outra mudança é visível para os clientes. O uniforme preto, padrão entre os seguranças, foi trocado por um modelo mais amigável.
“Hoje, nossa segurança é responsabilidade de todos, não só da equipe de segurança”, afirma Claudionor Alves.
Segundo ele, “o agente de segurança está totalmente descaracterizado. Substituímos o uniforme, desconstruímos a imagem da ostensividade, da desconfiança”.
Para o diretor de segurança do Carrefour, hoje, o papel da segurança é de acolher, receber bem o cliente, garantindo que a compra seja uma experiência boa. “Eles usam um colete cinza com as frases: ‘posso ajudar?’ e ‘eu pratico respeito'”.
“Nós tivemos já 1.013 contratações. Desses, 68,81% são negros, ou seja, pessoas que se autodeclaram negras ou pardas; temos também 35,93% mulheres”, diz Claudionor Alves.