Após queixas e críticas sobre a Educação de Franca, secretário esclarece dúvidas

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  • Publicado em 29 de maio de 2019 às 00:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:35
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Edgar Ajax dos Reis Filho compareceu à Câmara Municipal e respondeu aos questionamentos dos vereadores

Na manhã desta terça-feira, 28,
o secretário municipal de Educação, Edgar Ajax dos Reis Filho, esteve na Câmara
para tirar dúvidas dos vereadores sobre a gestão da sua pasta. A secretária de
Planejamento Urbano, Adailma Ferreira, também se encontrava presente na 17ª
Sessão Ordinária, porém não pôde ser ouvida por falta de tempo hábil. Ela
deverá retornar à Câmara em uma ou duas semanas, dependendo da sua agenda.

O secretário ouviu
questionamentos sobre os mais variados temas dos vereadores Adérmis Marini
(PSDB), Corrêa Neves Jr. (PSD), Marco Garcia (Cidadania), Della Motta
(Podemos), Kaká (PSDB), Pastor Otávio Pinheiro (PTB), Ilton Ferreira (DEM),
Carlinho Petrópolis Farmácia (MDB) e Pastor Palamoni (PSB).

Indagado por Adérmis sobre a
falta de profissionais como professores e inspetores nas escolas, Edgar
respondeu que a rede municipal de ensino conta com mil professores contratados
e 233 substitutos e que não há falta de professores no município, mas garantiu
que problemas pontuais devem ser resolvidos. O secretário também esclareceu que
problemas na licitação impediram a realização da limpeza de mato e instalação
de sistema de monitoramento nas escolas; sobre este último problema, foram
contratados seguranças terceirizados provisoriamente. Já sobre o CCI (Centro de
Convivência Infantil) dos Servidores, Ajax revelou que a reforma do prédio já
está no cronograma do município e o recurso, reservado.

Edgar se posicionou reiteradas
vezes sobre escolas que foram fechadas durante a sua gestão. Ele disse que o
objetivo das desativações era proteger os alunos, que estudavam em prédios
precarizados. “Não tem demanda reprimida na rede. Nenhum aluno fica sem
estudar”, declarou. Ele manifestou um desejo de transformar os prédios fechados
em creches eventualmente.

As alegações da comissionada
Angela Barbosa – que acusou Edgar de fazer viagens de lazer pagas com dinheiro
público – foram objeto de questionamento de Corrêa Neves Jr. O parlamentar
também cobrou mais clareza e transparência na divulgação de informações da
pasta. Em resposta, Edgar se defendeu, afirmando que está aprendendo a se
comunicar melhor, e que todas as denúncias de Angela são “desmedidas,
desqualificadas e sem materialidade”.

Edgar revelou que a nomeação e
exoneração dos comissionados da pasta de Educação cabe ao prefeito Gilson de
Souza (DEM), tendo sido o chefe do Poder Executivo Municipal o responsável por
transferir Barbosa após as denúncias, de forma a harmonizar a secretaria.
Especificamente sobre as viagens, Ajax garantiu que elas são baseadas na
legalidade e necessidades da secretaria, negando que se utilize delas para fins
pessoais.

Já Marco Garcia focou em obras
que precisam ser realizadas, como a troca de uma caixa d’água de uma escola do
Jardim Vera Cruz, a qual se encontra enferrujada e pode desabar. “É uma
tragédia anunciada”, afirmou o parlamentar. O secretário municipal esclareceu
que muitos problemas atuais enfrentados por sua pasta foram herdados por
governos anteriores. “Não sou um gestor perfeito, mas nós trabalhamos muito na
Secretaria de Educação. É desproporcional exigir que o governo atual corrija em
dois anos os descalabros que foram deixados”, comentou, acrescentando que
corrigirá a questão das caixas d’água. Edgar também creditou a criação de 2500
vagas de creches citadas por Gilson de Souza em entrevista recente à ampliação
da oferta na infraestrutura existente.

Tanto Della Motta quanto Kaká
pediram mais atenção aos professores. “Eles são agredidos, estão numa fase de
estafa tremenda e o que mais ouvi nas escolas é que falta a presença do senhor
Edgar no chão da escola”, afirmou Della Motta. “Os professores estão
angustiados, dizem que estão na UTI. O senhor não podia aprender a essa Casa de
Leis um projeto eficaz pra ajudarmos esses professores?”, indagou Kaká,
cobrando também um posicionamento sobre a utilização da escola “Nadeide de
Lourde Oliveira Scarabucci”.

Edgar respondeu que sua gestão
é extremamente humanizada, e que participa dos conselhos de educação com mais
frequência que seus antecessores. “A realidade da educação acontece na escola,
e temos recebido manifestações muito positivas dos professores. Pretendo fazer
mais até o final do governo, e estamos abertos a fazer qualquer correção”,
informou, adicionando que não persegue servidores como gestões anteriores.
Sobre a escola Nadeide, o secretário afirmou que o prédio pode ser transformado
em creche ou escola de período integral.

Pastor Otávio também apontou o
dilema dos alunos autistas na rede municipal, já que os professores não estão
capacitados para atendê-los e há falta de professores auxiliares aptos a
exercer tal tarefa. Edgar respondeu que os professores da rede passam por
formação contínua, e a capacitação na área da educação especial está sendo
ampliada para atender os autistas.

Em resposta a Ilton, o
secretário informou que, até o final do ano, 800 vagas serão ofertadas; e a
Carlinho, que a atual gestão irá apresentar o plano de carreira do Magistério
(“Não será um debate fácil nem simples, mas será necessário”, indicou
Ajax).  Já Palamoni comentou que, por mais que se construam
creches-escolas, sempre haverá demanda. Ou seja, o problema de falta de creches
dificilmente será sanado.

Ao final do encontro, Edgar
apresentou números gerais sobre a área da educação e continuou à disposição
para se reunir com vereadores e tirar dúvidas que não puderam ser sanadas na
manhã de hoje.

Logo após a fala do secretário,
foi entregue uma placa de Honra ao Mérito ao guarda civil municipal Sergio
Marciel de Andrade, pelos relevantes serviços prestados. A homenagem é de
autoria do vereador Nirley de Souza (PP), que redigiu uma Moção de Aplausos
parabenizando Andrade.


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