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Jovem de 22 anos e os filhos dela, de 2 meses, foram mortos a tiros em fevereiro de 2015
Acusados de matar a jovem Izabella Gianvechio, de 22 anos, e os filhos gêmeos dela, em fevereiro de 2015, o empresário Matuzalém Ferreira Junior e o ex-funcionário dele Antônio Moreira Pires, o Pedrão, vão a júri popular em 9 de outubro no Fórum de Igarapava (SP).
Ambos estão presos na Penitenciária de Tremembé (SP) e respondem três vezes cada um por homicídio duplamente qualificado. Pedrão é acusado de atirar contras as vítimas e Matuzalém de ser o mandante dos crimes, além de ter ajudado nas execuções.
Na tarde desta quinta-feira (20), a Justiça realizou o sorteio dos jurados. A Polícia Militar também foi intimada para realizar a segurança do Fórum no dia do julgamento.
O advogado Sérgio Aparecido Bagiani, que defende Matuzalém, disse que assumiu o caso recentemente e não vai se pronunciar neste momento. A defesa de Pedrão não foi encontrada pelo G1 para comentar o caso.
crime ganhou repercussão nacional. Izabella foi encontrada mortacom um tiro na cabeça em 12 de fevereiro de 2015, às margens da Rodovia José Schiavotelo (SP-426), em Aramina (SP), após desaparecer de Uberaba (MG), onde morava com os filhos gêmeos.
Izabella chegou a ser enterrada sem que fosse reconhecida, mas uma equipe de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, ao saber da localização do corpo, solicitou fotos da vítima e confirmou que se tratava da jovem desaparecida.
Os bebês, Ana Flávia e Lucas, que tinham dois meses, foram encontrados mortos a tiros em 17 de fevereiro, em uma estrada de terra em Buritizal (SP), depois que Matuzalém – até então apontado como pai das crianças – se entregou à Polícia Civil.
O empresário negou o homicídio e atribuiu o crime a Pedrão, que foi preso em 19 de fevereiro, escondido em uma fazenda na região de Sacramento (MG), durante uma operação comandada pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar.
Em um áudio entregue à polícia por familiares de Izabella, a jovem conta a uma amiga que iria se encontrar com o empresário, até então apontado como pai das crianças e que se recusava a reconhecer a paternidade dos gêmeos.
Izabella pediu a um parente, que é taxista, levá-la ao local do encontro com Matuzalém. Após deixá-la no endereço, em Uberaba, o homem disse que seguiu o carro do acusado, mas perdeu o veículo de vista.
Uma câmera nas imediações do Parque Fernando Costa flagrou o momento em que Pedrão entra no carro, onde já estavam Izabella e os bebês. Na acareação, os suspeitos negaram a autoria do crime e culparam um ao outro.
As investigações concluíram que as crianças foram mortas pouco tempo depois de a mãe ter sido assassinada e o corpo deixado em Aramina.
O carro usado pela dupla foi encontrado queimado em uma fazendapróxima à Rodovia Cândido Portinari (SP-334), em Pedregulho (SP). Dentro dele estava um revólver calibre 38 que, segundo a polícia, foi usado no crime.
Após a Polícia Civil denunciar os acusados, um exame de DNA descartou que Matuzalém fosse pai das crianças. Para o Ministério Público, o fato não minimiza a culpa dele nos homicídios ou o julgamento do caso.
(Com informações do G1)