Indústria paulista cria mil vagas de trabalho em julho, segundo pesquisa

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de agosto de 2018 às 16:43
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:56
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Resultado foi divulgado nesta sexta-feira, 17 de agosto, pela Fiesp e Ciesp e mostra estabilidade

A indústria paulista de transformação
criou 1.000 vagas no mês de julho em relação a junho. Com ajuste sazonal, a
taxa é de -0,1%, segundo a Pesquisa de Nível de Emprego, divulgada nesta
sexta-feira, 17 de agosto, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A variação
de 0,04% mostra estabilidade e é o melhor resultado para o mês de julho desde
2013, de acordo com as entidades.

A pesquisa mostrou ainda que no
acumulado do ano a geração de novos postos de trabalho totalizou 17.000 vagas.
Mesmo sendo um resultado positivo, o número é inferior à média histórica de
contratação para o período, que é de 43.000 novos postos de trabalho. “Não
há fato novo que faça prever melhora do emprego até o final do ano. Nos últimos
dez anos, somente em um deles, 2010, houve criação de empregos. Isso é muito
ruim, porque a indústria sempre foi a mola propulsora do desenvolvimento de São
Paulo. Passar esse longo tempo sem gerar mais empregos, com baixo investimento,
é muito preocupante”, disseram os presidentes da Fiesp em exercício, João
Guilherme Sabino Ometto, e do Ciesp, José Ricardo Roriz.

Segundo os dados, o ritmo abaixo do
esperado da recuperação da economia, ao lado da repercussão da greve dos
caminhoneiros, explica o menor número de vagas criadas. “Há cautela entre os
empresários, provocada pela incerteza em relação ao custo do frete rodoviário e
à eleição de outubro.”

Dos 22 setores industriais
pesquisados, 11 contrataram mais do que demitiram, 3 ficaram estáveis e 8
cortaram vagas. O destaque entre os que contrataram funcionários ficou com o
setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 1.585 vagas em
julho. No setor de máquinas e equipamentos foram criados 1.311 postos de
trabalho e em produtos diversos, 1.252. No sentido contrário, aparecem o setor
de confecção de artigos do vestuário e acessórios, que fechou com 2.738 vagas,
e produtos alimentícios, que registrou redução de 664 postos de trabalho.

Quando analisadas as regiões do
estado, 16 apresentaram resultados positivos, 13 negativos e sete de
estabilidade. Araçatuba teve crescimento de 2,06% e Matão, 1,44%. Já o
comportamento negativo ficou com Santa Barbara D’Oeste, com redução de 5,51% no
nível de emprego, seguida por Bauru (-1,6%) e Presidente Prudente (-1,54%).


+ Economia