​Vereadores não acreditam em cassação, mas “susto” pode ajudar Gilson de Souza

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de setembro de 2017 às 08:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:22
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Experientes políticos acham que “susto” pode levar prefeito a realinhar seu governo

Ao menos três experientes vereadores de Franca, ouvidos informalmente pelo Jornal da Franca, acreditam que quanto ao parecer da Comissão Processante formada para investigar omissão em ato de competência exclusiva do prefeito Gilson de Souza (DEM), no caso da fiscalização contra o comércio ambulante, a maioria dos vereadores opinará pelo arquivamento de um eventual pedido de processo de cassação.

Por coincidência, para dar peso a esta opinião, destaque-se que os três votaram contra o prefeito na criação da CP, na sessão da última terça-feira. 

Mas os mesmos vereadores são de opinião de que o “susto” pregado ao prefeito com a aprovação da Comissão Processante, na última terça-feira, por 8 votos a 7, após o empate em  7 a 7 e o voto “minerva” do presidente Marco Garcia, acham que Gilson terá a oportunidade de realinhar seu governo e repensar alguns conceitos em sua forma de administrar.

Articulação frágil

A Comissão Processante foi aprovada depois que a Câmara foi provocada pelo radialista Marcelo Bomba para que o prefeito fosse enquadrado no crime de responsabilidade, por ter descumprido ato de sua exclusiva competência, que é a de normatizar e fiscalizar o comércio no âmbito do Município.

O prefeito demonstrou – nesta e em outras votações decisivas – fragilidade em sua articulação política junto ao Legislativo, perdendo aliados até então fiéis.

Votos e trauma

O prefeito não tem votos, mas como a aprovação de um eventual processo de cassação já redundaria em imediato afastamento do cargo, o que é considerada “traumática”, até pelo quadro político que se desenha com a eventual substituição de Gilson pelo seu vice, é bem provável que o prefeito seja salvo pelas circunstâncias, não sem assimilar o “susto” que a decisão da Câmara na última terça-feira lhe passou.

Poucos aliados

Alguns dos aliados se afastam por convicções políticas. Outros por questões partidárias (o PSDB, por exemplo, tem agido para “fechar questão” em sua bancada em algumas votações).

MP e Tribunal de Contas

A questão da Comissão Processante é ainda política, mas atos como este podem ainda resultar em ações, tanto do Ministério Público, quanto do próprio Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Nunca é demais lembrar que a Corte de Contas do Estado já emitiu sucessivos alertas ao Prefeito quanto à execução fiscal e orçamentária já nos primeiros meses de governo. 


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