Projeto baseado na Rede de Vizinhos Protegidos chega à região mineira de Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de setembro de 2017 às 14:50
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:21
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iniciativa já funciona em São Sebastião do Paraíso (cidade do Sul de Minas, a 80 km de Franca).

Manter a segurança na zona rural também é uma das prioridades da Polícia Militar mineira. A corporação tem levado para o campo a Rede de Propriedades Rurais Protegidas. O projeto é baseado na rede de vizinhos existentes nas áreas urbanas das cidades. 

A ideia é mobilizar os moradores para, em conjunto com a PM, viabilizar ações de prevenção e repressão aos crimes. 

Grupos bem estruturados, possibilitando ao policial chegar às propriedades rurais – de pequeno, média ou grande porte – estão sendo criados. O militar fará visitas de orientação e atenderá denúncias.

“A partir deste projeto são feitas reuniões com os proprietários, trabalhadores rurais e moradores. São encontros periódicos com eles para apresentar, por exemplo, dicas de segurança para o ambiente rural”, explica o diretor de Apoio Operacional da PM, coronel Geovani Gomes da Silva.

O oficial ainda destaca a importância do envolvimento da comunidade. “É fundamental. Ela é convidada a participar das reuniões, onde são tratadas as peculiaridades da região. Minas Gerais é um Estado muito grande e diverso. Os encontros servem para discutir as principais demandas de cada localidade”, reforça.

Cidades

A iniciativa já funciona em cidades como Patrocínio (Alto Paranaíba) e São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas, a 80 km de Franca). 

Agora, está sendo implantada nos arredores de Mariana, na região Central. Atualmente, é feito o cadastro dos moradores. “É uma fase demorada. É uma visita. Também explicamos o trabalho e aproveitamos para gerar um vínculo com as pessoas”, conta o comandante da Companhia de Meio Ambiente, major Juliano José Trant de Miranda. “A ação está tendo uma repercussão muito positiva”, frisa.

Além da Rede de Propriedades Rurais Protegidas, o coronel Geovani destaca outras ações da corporação voltadas para a segurança no campo. Segundo ele, já existe em alguns pontos do Estado a Patrulha Rural, que consiste na vigilância das propriedades.

Em 2018, a expectativa é a de que a PM receba novos veículos com capacidade de trafegar em pisos de asfalto e de terra. A medida vai beneficiar tanto as ações da Patrulha Rural quanto o desenvolvimento da Rede de Propriedades Rurais Protegidas.

Polícia vai mapear as propriedades rurais e utilizar novas tecnologias no combate ao crime

Além da mobilização da comunidade rural, o sucesso do projeto passa pela incorporação de novas tecnologias, como o uso de GPS. Por meio do georreferenciamento – definição da forma, limites, características e localização de um imóvel através de métodos de levantamento topográfico – as propriedades são cadastradas e recebem um código.

“Ao sair para investigar uma denúncia, o policial vai encontrar a propriedade rural por meio das coordenadas geográficas. Será um deslocamento mais rápido do que temos hoje, já que o GPS aponta as rotas mais rápidas”, explica o coronel Gomes da Silva.

Código

De acordo com o militar, um código será criado para cada fazenda. “Quando fizermos a consulta, serão listados todos os dados relacionados àquela propriedade rural”, acrescenta o o diretor de Apoio Operacional da PM. O sistema é chamado de Reds. O procedimento visa evitar a duplicidade de nomes. Segundo a PM, ele anula a possibilidade de erro.

Com isso, a guarnição poderá se deslocar para qualquer ponto da área rural, devendo apenas informar o código Reds a ser fiscalizado no GPS. Em seguida, o aparelho irá traçar a rota mais curta informando, inclusive, alertas de curvas, velocidade, proximidade e chegada ao destino.

Ainda conforme a corporação, além de agilizar o atendimento, a iniciativa traz mais segurança ao militar, que poderá conhecer o trajeto com antecedência.


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