Mais baratos, frango e cerveja têm disparada na procura para o período de festas

  • Marcia Souza
  • Publicado em 29 de novembro de 2021 às 14:00
  • Modificado em 29 de novembro de 2021 às 14:12
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A busca pela ave aumentou 19%, enquanto a busca pela bebida cresceu 16% em relação com o ano passado

Cerveja

A busca pela ave aumentou 19%, enquanto a busca pela bebida cresceu 16% em relação com o ano passado

Frango e cerveja: poderia ser uma combinação para o almoço do fim de semana ou para embalar um happy hour, mas esses são os produtos com maior crescimento de procura para as festas de fim de ano.

A busca pela ave aumentou 19%, enquanto a busca pela bebida cresceu 16% em relação com o ano passado, de acordo com números da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em pesquisas para o Natal e o Réveillon.

Com o crescimento, esses são os produtos mais procurados em suas categorias para as ceias de fim de ano. O crescimento do frango foi seguido pelo do chester, que aumentou 11%.

Bebidas

Entre as bebidas, espumantes e frisantes apresentaram crescimento de procura de 14,15% e aparecem logo depois das cervejas.

A procura pelo vinho subiu 11,6%. Mas, com o momento econômico pautado pela alta do dólar, o consumidor tem evitado produtos importados para driblar o efeito câmbio. Assim, a busca pelo vinho nacional tem sido maior: 14%.

Os dados despertam atenção de Márcio Milan, vice-presidente institucional e administrativo da Abras, com relação ao comportamento do consumidor.

“Essas projeções se baseiam em um fim de ano totalmente diferente do ocorrido em 2020, quando ainda havia muitas restrições em vigor em diversas partes do país, com bares e restaurantes fechados, o que afeta mais o Réveillon, que costuma ser mais festejado fora de casa”, disse.

E completou: “Tivemos também celebrações familiares com menos pessoas, o que representou ceias de Natal menores”, afirma Milan.

Embargo chinês à carne brasileira

Nas duas últimas semanas, a Abras tem percebido um recuo no preço da carne bovina nos supermercados do país, que pode chegar a 10%.

O fato é explicado pelo embargo sanitário imposto pela China à carne brasileira, por conta de dois casos de encefalopatia espongiforme bovina, mais conhecida como mal da vaca louca, identificados no país em setembro.

As autoridades sanitárias entendem que esses são casos atípicos e, durante a semana, conseguiram liberar uma carga de 100 mil toneladas de carne bovina congelada que já estava em território chinês e aguardava liberação do governo local.

O ocorrido, porém, acabou por destinar mais carne para o mercado interno. A intensidade do recuo de preços varia de acordo com a proximidade entre a produção e o consumo.

A queda chega a 10% em Cuiabá e a 9% em Campo Grande, capitais do Centro-Oeste, região onde há a maior produção pecuária do país.

No entanto, em zonas mais adensadas distantes, como as regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte, os recuos são, respectivamente, de 6,5% e 6,8%. Mas há também outra maneira de economizar com essas compras.

Os preços devem voltar ao patamar tradicional quando a China suspender o embargo e normalizar o fluxo de importações da carne brasileira. Assim, quem quiser garantir os preços baixos deve se apressar.

De acordo com a Abras, o movimento ocorre em um momento no qual o país vem apresentando queda no consumo de carne, provocado pelo aumento de preços e pela perda de poder de compra.


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