Nictofobia, você conhece? É comum em todas as idades, mas pode ser tratada e curada

  • Marcia Souza
  • Publicado em 16 de julho de 2023 às 06:30
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Muita gente acha que o medo de escuro é coisa de criança, mas afeta pessoas de todas as idades

Muita gente acha que o medo de escuro é coisa de criança, mas afeta pessoas de todas as idades

Ter medo do escuro não é coisa de criança. Conhecido tecnicamente como “nictofobia”, trata-se de um transtorno que pode ser enquadrado na relação das “fobias específicas”, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5, na sigla técnica).

Segundo matéria da revista Galileu, a sensação de pânico e ansiedade associada a ambientes escuros pode atingir indivíduos de todos os sexos e idades — e tem tratamento.

Não há estimativas sobre a prevalência da nictofobia entre a população brasileira. O que se sabe, segundo o DSM-5, é que as fobias específicas atingem de 7% a 9% da população dos Estados Unidos, e podem chegar a 16% em adolescentes.

Saiba mais sobre o transtorno:

1. Origem da palavra

A palavra vem da junção de duas raízes do grego: nictus, que significa “noite”, e phobos, “medo”.

Portanto, a nictofobia é definida como o medo do escuro ou da noite. São usados como sinônimo os termos “escotofobia” (medo da escuridão), “aclufobia” (medo da névoa) e “ligofobia (medo do crepúsculo).

2. Sintomas

Os sintomas da nictofobia estão relacionados aos das outras fobias específicas, principalmente a sensação de pânico e ansiedade associada a determinada situação.

Também pode incluir manifestações fisiológicas, como aceleração dos batimentos cardíacos, respiração ofegante, dor no peito, tremedeira e suor.

3. Causas

Acredita-se que o medo do escuro tenha uma origem evolutiva, uma vez que, para os humanos pré-históricos, o escuro estava associado às ameaças dos predadores.

Mas as causas também podem estar relacionadas a traumas, como um episódio de castigo ou violência sofridos em um ambiente escuro. Há ainda a origem via condicionamento vicário, que é quando aprendemos um comportamento observando outras pessoas reagirem a determinada situação.

4. Tratamento

O tratamento para a nictofobia pode envolver tanto psicoterapia quanto o uso de medicamentos. Na parte da psicologia, o mais indicado é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), em que o paciente desafia suas crenças sobre o medo do escuro.

Quando necessário, psiquiatras podem receitar ansiolíticos e antidepressivos para combater os sintomas do transtorno.


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