Site diz que Magazine Luiza tem interesse em participar da privatização dos Correios

  • Robson Leite
  • Publicado em 20 de julho de 2021 às 09:00
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Questões como dívidas, altos custos e um modelo de privatização duvidoso, podem acabar afastando empresas hoje interessadas nos Correios

A FedEx e DHL, empresas de logística, também estão olhando em silêncio, mas, certamente, vão estar na disputa.

A privatização dos Correios está caminhando a passos largos. Indo para votação na Câmara dos Deputados, a venda de 100% da estatal começa a parecer uma realidade cada vez mais próxima.

Portanto, o leilão pode ocorrer até março de 2022.

Segundo o site 1bilhao.com.br,  alguns interessados já se manifestaram ou estão pesquisando o assunto, entre eles, a varejista Magazine Luiza e a Amazon. A FedEx e DHL, empresas de logística, também estão olhando em silêncio, mas, certamente, vão estar na disputa.

Todas essas companhias e mais a chinesa AliExpress são fortes concorrentes na disputa pela única empresa de serviços postais do país.

No entanto, nem tudo são flores.

Para alguns especialistas, a estatal tem problemas que podem espantar potenciais compradores. Questões como dívidas, altos custos e um modelo de privatização duvidoso, podem acabar falando mais alto.

A empresa que levar os Correios pode acabar saindo cheia de dívidas. Isso porque a estatal passou por um longo período de prejuízos, que durou de 2015 a 2017. Ela só voltou a dar lucro em 2018.

Servidores 

O novo dono da estatal deverá manter uma estabilidade de 18 meses aos servidores. De acordo com o relator do projeto de desestatização, deputado Gil Cutrim, isso será a partir do momento da privatização.

Vale lembrar que a empresa de serviços postais tem aproximadamente 100 mil funcionários. Para eles, a estabilidade define um Plano de Demissão Voluntária (PDV).

O período conta com uma adesão de 180 dias, além de uma indenização de 12 meses. Nesse tempo, deve ser pago salário. Além disso, há um programa de requalificação.

Algumas vantagens

A privatização dos Correios também tem lados positivos. Grandes companhias, como o Magazine Luiza, podem ganhar com a abrangência que a estatal possui em seu setor de atuação.

De acordo com dados divulgados em 2018, a empresa conta com 6,3 mil agências próprias em todo o Brasil. Além delas, outras 4,3 mil comunitárias, 1.000 franqueadas e 127 permissionárias. Esses números chamam a atenção dos varejistas.

O motivo? O varejo brasileiro tem buscado investir cada vez mais em lojas físicas e centros de distribuição. Dessa forma, o objetivo é conseguir realizar entregas mais rápidas.

Esse tipo de estratégia poderia ser muito importante para o Magazine Luiza. Recentemente, a loja anunciou a criação de 50 lojas físicas no Rio de Janeiro. Ademais, o Magalu almeja ter uma entrega ainda mais veloz no estado carioca.

No entanto, não são só as varejistas que têm a ganhar com a ampla abrangência dos Correios. Empresas de logística também podem ganhar muito com essa questão. Por isso mesmo, o eventual interesse da FedEx e DHL


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