Sobe para 2.503 casos suspeitos de dengue em Franca e epidemia é temida

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  • Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 22:11
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:24
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De acordo com secretário municipal de Saúde, 90% das notificações devem ser positivadas

2.503 casos suspeitos de dengue. É este o saldo mais recente divulgado pela Vigilância Epidemiológica de Franca. Destes, 206 são autóctones, sendo 12 importados e 50 negativos.

O aumento de casos suspeitos tem gerado cada vez mais preocupação entre as autoridades e na própria população, e uma epidemia da doença já é temida na cidade. E não é por menos, os 2.503 casos é 10 vezes superior ao que foi registrado em 2018.

Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde suspendeu a coleta de exames para sorologia a fim de agilizar o diagnóstico clínico.

“Se um paciente passa pela unidade, faz a notificação, tem três sintomas de dengue e mora numa região onde está tendo transmissão, automaticamente ele é considerado positivo da doença”, afirma o secretário José Conrado Netto.

De acordo com ele, 90% das notificações devem acabar sendo confirmadas. Até o momento, o total de casos positivos é superior a 91. A preocupação maior está na circulação do tipo 2 da doença, que pode levar à dengue hemorrágica.

“O vírus que circulava na cidade até hoje é do sorotipo 1, então com essas circulação do sorotipo 2 nas pessoas que já pegaram um adquiriram o sorotipo 2 passa a ser mais agressivo e a chance de ter uma dengue hemorrágica, uma complicação da dengue clássica é muito maior”, afirma.

Mudanças no atendimento

A alta incidência de suspeitas tem resultado em uma média de 80 pessoas atendidas nos postos de saúde, que, desde o início do mês, implantaram salas exclusivas de hidratação  para pacientes com sintomas da doença.

“A gente dá uma prioridade pra esse paciente para que ele seja atendido rapidamente, o tira do meio dos outros para que ele possa se sentir um pouco mais à vontade, um pouco mais confortável, porque normalmente ele esta com muito mal-estar”, afirma Adriana Santiago, diretora da UBS Estação.

A estrutura tem capacidade para atender ao mesmo tempo até três pacientes que tenham passado por uma triagem anterior. Posteriormente, eles passam a ter um acompanhamento médico. “Os nossos pacientes normalmente voltam três ou quatro vezes no prazo de uma semana.”

José Conrado Netto afirma que agentes municipais têm realizado arrastões diários contra focos do mosquito Aedes aegypti, além de nebulizações, mas que é necessário o envolvimento dos moradores na limpeza dos imóveis.

“Chamar toda a população a nos ajudar, fazer uma parceria, olhar sua casa nem que for por 15 minutinhos uma vez por semana e eliminar qualquer tipo de utensílio que possa acumular água.”


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