Você sabe qual é a relação entre longevidade e o consumo de ômega 3?

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 25 de julho de 2023 às 22:00
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O consumo de alimentos ricos em ômega 3 teria relação com a baixa incidência de doenças coronárias e de mortes associadas a elas

Alimentos ricos em ômega 3 previnem doenças coronárias – foto Freepik

 

Talvez você não saiba, mas os inuítes (os povos indígenas que habitam o extremo norte do planeta) são conhecidos por sua longevidade.

Este fato chamou a atenção de alguns pesquisadores ainda nos anos 1970, que resolveram investigar o que fazia com que eles vivessem com saúde por tanto tempo.

O que eles descobriram é que a resposta estaria na dieta destes povos, baseada em peixes e gorduras de animais marítimos.

O consumo destes alimentos, que são ricos em ômega 3, teria relação com a baixa incidência de doenças coronárias e de mortes associadas a elas entre os inuítes.

Isso levou ao aumento de estudos sobre o ômega 3, um tipo de gordura que o corpo humano não é capaz de produzir, mas que é extremamente benéfico para a nossa saúde. Os ácidos graxos presentes neste óleo são muito importantes para a proteção do coração, e se tornam ainda mais potentes quando são associados com hábitos saudáveis – como a prática de exercícios e a nutrição equilibrada.

Saiba mais sobre como o ômega 3 é um grande aliado para quem quer levar uma vida plena.

Os benefícios do ômega 3

Desde que os primeiros pesquisadores descobriram a relação entre o óleo vindo dos peixes com a saúde do coração, muitos outros estudos foram feitos para analisar os poderes desta substância. E o que se verificou foi surpreendente.

O uso de suplementação de ômega 3 tem relação comprovada com a diminuição de problemas cardiovasculares, incluindo ataques cardíacos.

Já um estudo de 2010 mostrou que esta prática também traz melhorias na saúde do cérebro: o consumo de ácido docosahexaenoico (DHA), um tipo de ômega 3, pode ter um efeito protetor contra o declínio cognitivo que tende a acontecer com o envelhecimento.

A relação com o cérebro é ainda mais profunda, e envolve também a saúde mental como um todo. Uma pesquisa publicada em 2019 analisou estudos clínicos sobre a suplementação de ômega 3 em pacientes com depressão.

Os resultados sugerem que a substância teve efeitos antidepressivos bastante significativos, além de trazer benefícios a pessoas com transtorno de ansiedade.

Conforme um estudo conduzido na Espanha, o óleo também ajuda a diminuir o risco de acidentes vasculares cerebrais.

A pesquisa analisou os efeitos de uma dieta mediterrânea rica em azeite de oliva extravirgem e nozes, que são também ricos em ômega 3.

O que se verificou é que as pessoas acompanhadas nesta análise tiveram uma redução significativa neste risco em relação ao grupo de controle da pesquisa.

Como consumir o ômega 3?

O ômega 3 é naturalmente encontrado em alguns alimentos. Os peixes, principalmente os de águas frias (como sardinha, salmão, cavala e arenque) possuem formas ativas da substância em sua carne.

O óleo também aparece em alimentos de origem vegetal, como algas, nozes, chia e linhaça, na forma de ácido linolênico.

O consumo frequente destes alimentos é uma boa forma de garantir ômega 3, mas nem sempre é possível ingerir na quantidade necessária — afinal, ninguém consegue consumir tanto peixe quanto os inuítes!

Por isso, a suplementação de ômega 3 é uma forma simples e eficiente de garantir que você obtenha todos os benefícios desse óleo valioso e fundamental para a saúde. É uma das maneiras mais inteligentes de agir hoje mesmo em prol de uma vida longa e feliz.

*Informações Mega Curioso


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