Sistema Pix quer aposentar sua carteira e dar lugar ao smartphone

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de novembro de 2020 às 16:30
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 07:17
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Ferramenta de transferências aposta no QR Code para modernizar a forma como pagamos e recebemos dinheiro

Se você acha que já passa muito tempo com o celular na mão para responder mensagens ou tirar fotos, a nova forma de pagamentos e transferências que começa a chegar gradualmente na vida dos brasileiros promete te fazer aposentar a carteira e apontar ainda mais o aparelho telefônico por aí.

É que o Pix insere no país uma opção já bastante comum na China: o uso o QR Code. 

O quadrado cheio de outros quadradinhos pretos era adotado até então no Brasil mais pelo meio publicitário ou em serviços como cinema e passagens aéreas. Ele funciona como um código de barras mais moderno, que pode ser lido com o auxílio do celular.

As projeções do Banco Central são de que a ferramenta seja utilizada nas compras do dia a dia, para pagar o pão e café de manhã, o tomate na quitanda, as contas de água, luz e condomínio e até para fazer doações para alguém na rua, por que não? 

Qualquer um cadastrado em bancos ou fintechs do sistema do Banco Central poderá também gerar um QR Code para receber valores. Tanto para pagar ou receber, será necessário antes entrar no aplicativo de sua instituição financeira e selecionar a opção. 

Outra vantagem do novo sistema é custo zero – para pessoas físicas e pequenos empresários – e velocidade praticamente instantânea, o que não é possível atualmente com meios como boleto bancário, Doc ou Ted. 

Para os empreendedores, é uma opção também mais ágil e barata que as maquininhas.

Claro que toda essa revolução prometida não vai estar já amanhã no mercadinho do lado da sua casa. 

Nem vai sepultar tão rápido os meios de transferência de dinheiro utilizados hoje em dia. 

Os primeiros testes com o Pix começam hoje para entre 1% e 5% dos clientes dos bancos e fintechs cadastrados. 

Quem selecionou esse pequeno grupo foram as próprias instituições, por isso nem o próprio Banco Central sabia até a semana passada se haveria a participação de grandes lojas do varejo ou de empresas públicas de fornecimento de água e luz.

A partir do próxima segunda-feira, novos clientes serão incluídos gradativamente para que, a partir do dia 16, todos tenham acesso às funcionalidades.

Apesar do início restrito para recebimento, qualquer um já pode pagar usando o Pix, se ele estiver disponível para o recebedor. A questão é que poucas pessoas terão como oferecer a opção neste momento.


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