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Calçadistas apontam para eliminação de até 30 mil vagas de trabalho só no setor
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Representantes dos 17 setores que mais empregam na economia se reuniram na semana passada para uma coletiva de imprensa no Congresso Nacional, em Brasília.
Na oportunidade, o grupo, denominado “Desonera Brasil”, lançou um novo manifesto criticando a medida provisória que determinou a reoneração gradual da folha de pagamentos e cobrou a devolução da medida para o Governo Federal ou a derrubada dela o mais breve possível para que as empresas possam planejar o ano de 2024.
Presente no encontro, o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, destacou que a medida do Governo Federal é autoritária e inconstitucional, já que foi amplamente discutida e aprovada no Congresso Nacional, inclusive com votos da base governista.
“A indústria calçadista iniciou 2024 com muitas incertezas no cenário nacional e internacional, com a concorrência desleal imposta pelas plataformas internacionais de e-commerce e com esse imbróglio que já deveria estar solucionado. A reoneração, caso ocorra, vai tirar ainda mais a competitividade da atividade, colocando em risco milhares de empregos”.
Segundo Ferreira, apenas na cadeia coureiro-calçadista, uma possível reoneração agregaria mais de R$ 700 milhões em carga tributária por ano, impactando na produção e, consequentemente, no emprego do setor.
“Caso ocorra a reoneração, estimamos a perda de mais de 30 mil empregos somente nos próximos dois anos, além de uma queda de cerca de 20% na nossa produção”, informa o executivo.
Manifesto
No manifesto divulgado, que será entregue para o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), 35 entidades vinculadas aos 17 setores abrangidos pela desoneração protestam.
Elas citam que a Reforma Tributária aprovada em 2023 prevê que a regulamentação dos aspectos tributários sobre trabalho e renda deverão ser apreciados pelo Congresso Nacional, o que afastaria a possibilidade da decisão unilateral via medida provisória.