Robôs podem extrair informações sigilosas de pessoas que confiam neles

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de outubro de 2019 às 15:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:55
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A relação de 50 pessoas com um robô de testes foi estudada pela Kaspersky e Universidade de Gante, na Bélgica

Robôs podem extrair informações sigilosas de pessoas que confiam neles, indica pesquisa realizada pela Kaspersky e a Universidade de Gante

O estudo mostrou que eles podem persuadir seres humanos a executar ações inseguras. 

Para a empresa de cibersegurança, o avanço da robótica traz um risco: o impacto no comportamento das pessoas.

A empresa apresentou 50 pessoas a um robô criado pela universidade belga para interagir com e sem voz. 

O contexto aconteceu em um ambiente “de ataque”, em que o robô estava hackeado para influenciar ativamente as pessoas a executar ações inseguras.

No primeiro caso, o robô foi colocado perto de uma entrada restrita de um edifício e perguntou aos funcionários do prédio se poderia entrar com eles. 

A área só podia ser acessada após a digitação de uma senha de segurança. Durante o experimento, nem todos os funcionários atenderam à solicitação do robô, mas 40% destravaram a porta e a mantiveram aberta para o robô entrar.

Num segundo momento, o robô foi disfarçado como um entregador de pizza, segurando uma caixa. Os funcionários se mostraram menos inclinados a questionar os motivos para acessar aquela área.

A segunda parte do estudo focou na obtenção de dados pessoais normalmente usados para redefinir senhas, como data de nascimento, marca do primeiro carro e cor favorita. 

Dos 50 participantes, apenas um se recusou a compartilhar os dados com o robô.

Tony Belpaeme, professor de inteligência artificial e robótica na Universidade de Gante, disse que quanto mais humanoide for o robô, maior será sua capacidade de persuadir e convencer.

“Nossa experiência mostrou que isso pode gerar riscos significativos à segurança, o que proporciona um possível canal para ciberataques.

Por isso, é fundamental cooperarmos agora para entender todas as vulnerabilidades emergentes. Teremos a compensação no futuro”, afirmou.


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