Quer ser cuidador de idosos? Veja as exigências de uma profissão em ascensão

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 15 de março de 2024 às 19:00
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Para ser cuidador de idoso é necessário ter habilidades como a empatia, comunicação, respeito à diversidade, flexibilidade e resiliência

Em 20 de março, é celebrado o Dia Nacional do Cuidador de Idosos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), no período de dez anos entre 2012 e 2022, o número de profissionais na área saltou de 5.263 para 34.051, representando 547%.

Para Rafael Schinoff, CEO e fundador da Padrão Enfermagem, empresa de agenciamento de profissionais na área da saúde, a profissão do cuidador envolve uma variedade de tarefas, desde auxiliar na higiene pessoal, prestar apoio emocional e administrar medicamentos.

“O profissional também desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida de seus pacientes, promovendo independência e bem-estar. É peça chave para garantir o convívio com a família e a saúde mental do paciente, visto que a sua companhia é essencial”, comenta.

População em crescimento

De acordo com dados do IBGE, o número de pessoas com mais de 65 anos cresceu 57,4% em 12 anos, o envelhecimento da população tem aquecido esse mercado, além da necessidade e busca por cuidados de qualidade em ambientes domiciliares, e a conscientização sobre a importância do cuidado preventivo.

“É um mercado promissor e com perspectivas otimistas. Hoje possuímos cadastrados em nossa base mais de 18.625 profissionais agenciados entre cuidadores e profissionais da enfermagem, e a tendência é que esse número aumente em 12% até o final de 2024”, conta o empresário.

Qualificações

Apesar de ser um segmento em expansão, existem qualificações fundamentais para ingressar na carreira, além da formação educacional e a experiência prática.

“Para ser um cuidador de idosos é necessário  desenvolver habilidades que vão além do conhecimento técnico, como a empatia, comunicação eficiente, respeito à diversidade, flexibilidade e resiliência que são essenciais. Já no conhecimento técnico, noções de nutrição, primeiros socorros e as doenças mais comuns na terceira idade”, explica Schinoff.

O fundador da Padrão Enfermagem, comenta sobre dois pontos que são fundamentais entre as habilidades para quem deseja atuar nessa carreira. São elas:

Empatia:

Entender as necessidades emocionais e físicas dos idosos. Cada paciente traz uma história e bagagem de vida, é preciso respeitar esse legado. O cuidador quando passa a conviver com o idoso, se torna um elo entre ele e a família;

Capacitação:

As mudanças nas práticas de cuidados, passam por constantes atualizações, por isso, a busca por cursos de capacitação garantem que as habilidades estejam atualizadas e façam a diferença  no mercado;

Cuidados tecnológicos

A tecnologia está revolucionando o cuidado ao idoso, com inovações como dispositivos de monitoramento remoto, aplicativos de saúde e equipamentos assistivos.

Estas ferramentas não apenas melhoram a qualidade de vida, mas também auxiliam os cuidadores em suas tarefas diárias. Diante das mudanças demográficas e tecnológicas, esses profissionais devem sempre estar preparados para se adaptar e evoluir.

“No futuro precisarão combinar habilidades técnicas com sensibilidade emocional e adaptar-se às mudanças nas necessidades da população. É uma profissão desafiadora, mas muito gratificante, pois desempenha um papel essencial no bem-estar das pessoas que precisam de cuidados”, finaliza.


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