A Prefeitura informou, ainda, que encaminhou um ofício ao IPT, onde solicita apoio na realização de estudos nas estruturas.
O laudo foi elaborado nos dias 1 e 2 de novembro e assinado por técnicos da Defesa Civil, especialistas e geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e do Instituto de Pesquisas Ambientais.
Com fotos do interior da caverna, os técnicos apontaram “estruturas favoráveis aos desplacamentos (fraturas, fissuras e acamamento), mancha de umidade”.
Além disso, segundo o relatório, a vistoria verificou “vários planos de descontinuidades” no teto da caverna, composto por arenito e de fácil absorção, e geometria irregular da superfície.
Ainda conforme a análise, a situação observada favorece a queda de blocos por desplacamento.
Diante das condições encontradas na gruta e do desmoronamento recente, os especialistas ainda fazem quatro recomendações às autoridades responsáveis pelo local.
São elas:
Realização de estudos geológico-geotécnico com análise estrutural, observando as descontinuidades encontradas, visando a estabilidade da estrutura e identificando os blocos e zonas de blocos instáveis;
Manutenção da interdição temporária para acesso a visitantes até que sejam realizados os estudos apontados;
Determinar a cronologia do acidente, a partir da coleta de informações e imagens das equipes que frequentam o local e também dos sobreviventes;
Monitoramento constante e sistemático da gruta Duas Bocas e das demais grutas na região, principalmente nos períodos chuvosos.
As causas do desmoronamento são investigadas pela Polícia Civil. Segundo o delegado Rodrigo Salvino Patto, indícios apontam para um fato extraordinário, devido a uma ação da natureza.