O MALABARISTA DO TECLADO

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de abril de 2017 às 09:30
  • Modificado em 29 de outubro de 2020 às 23:57
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Franz Liszt começou a aprender piano com 6 anos de idade. Estudava de 6 a 8 horas por dia porque queria que seus dedos ficassem bem ‘ malhados ‘ com extrema agilidade.  Tinha catalepsia. Por duas vezes foi dado como morto e acordou depois de um tempo. 

Filho de um empregado de uma fazenda na Hungria.

Era considerado um galã. Bonito, charmoso, talentoso, estudioso, determinado, conseguia tudo o que queria na vida apesar de ter nascido pobre.

Quando jovem, 18 anos, já dava aulas de piano  apaixonou-se por uma aluna sua, mas o pai dela o mandou embora dizendo que músico não é gente pra casar , não ganha dinheiro nunca, tem vida desregrada e não dá conta de sustentar uma família.

Liszt viajava dando concertos, compôs perto de 700 músicas,
foi considerado o INVENTOR do século 19 na música. E seus dedos se tornaram tão
ágeis que foi considerado o malabarista do teclado.

Liszt ficou rico mas percebeu que a riqueza não trazia
felicidade. Depois de uma vida amorosa intensa e talvez frustrante, se tornou
padre aos 50 anos de idade.

Este piano está no museu da Fábrica Steingraber & Sohe em Bayreuth e foi doado a Franz Liszt , que visitava esta cidade onde morava sua filha, casada com Wagner- o compositor.  Numa das viagens, contraiu pneumonia e faleceu a 31 de julho de 1886 em Bayreuth.

Outra curiosidade: estavam à procura de um piano ERARD que teria sido de Franz Liszt. O último concerto neste piano foi em 1904 pelo pianista Paderewski,  no Vaticano, para o papa Pio X ,

“Fabricado por volta de 1865 pela empresa francesa Erard, o piano de cauda foi possuído por Liszt durante os últimos 15 anos de sua vida e foi usado por ele, principalmente para compor e ensino. Ele foi perdido após a morte de Liszt, mas foi redescoberto em 1991 pelo pianista italiano Carlo Dominici, o proprietário atual do instrumento, com o seu tampo milagrosamente intacto. Após um período de restauração cuidadosa, este instrumento histórico foi devolvido a ordem de reprodução.” (…) “Após vários anos de pesquisa, ele foi capaz de estabelecer a sua identidade através de cartas escritas por alunos de Liszt e através de correspondência do compositor com a Baronesa Olga von Meyendorff. Outra evidência da sua autenticidade foi encontrado quando, durante a restauração do instrumento, os grânulos foram descobertos no interior; as contas provou ser os desaparecidos da rosário de Liszt, que está agora em exposição no Museu Liszt em Budapeste.

http://www.metmuseum.org/press/exhibitions/2001/franz-liszts-grand-piano

Foi um ser humano como qualquer um de nós, só que descobriu seu talento ainda criança e investiu em si mesmo!

*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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