Novas variantes do coronavírus têm transmissão 50% mais rápida, diz especialista

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 27 de fevereiro de 2021 às 11:30
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Dimas Covas, o diretor do Instituto Butantan, disse em entrevista que prevê uma piora da pandemia no país

Dimas Covas, diretor do Instituto ButantanDimas Covas, diretor do Instituto Butantan

 

Dimas Covas, o diretor do Instituto Butantan, disse em entrevista à GloboNews na última sexta-feira (26), que prevê uma piora da pandemia no país.

Ele teme que os casos isolados de cidades do Brasil que enfrentam colapso em seu sistema de saúde, como Manaus, capital amazonense e Araraquara, no interior de São Paulo, se torne uma realidade geral do país.

De acordo com o diretor, o que justifica o aumento de casos e internações no país, que já apresenta cerca de 12 estados a beira do colapso, é a velocidade de contaminação que as novas variantes apresentam.

Segundo ele, Manaus, Jaú e Araraquara podem não ser exemplos isolados.

“Isso pode ser a nova forma de comportamento do vírus, que é rapidamente atingir e levar pessoas aos hospitais e lotar as nossas UTIs.”

“As novas variantes têm taxa de transmissão maior – pelo menos 30% a 50% mais rápidas – e ainda temos a possibilidade que elas possam ser mais agressivas”, avaliou Dimas Covas, que atribuiu os recordes de mortes e contaminação pelo vírus em janeiro e fevereiro às variantes.

“Embora a vacinação seja importante, o mais importante agora é controlar a disseminação do vírus e impedir a circulação das variantes, que podem se tornar as dominantes”.

“Se não agirmos rapidamente podemos ser impactados de forma mais negativa do que na primeira onda”, disse o diretor que acredita que a velocidade da pandemia é maior do que o poder de vacinação da União.

O Brasil, na última quinta-feira (25), apresentou o maior número de mortes registradas em 24 horas desde a chegada da pandemia ao país, em março de 2020.

No total foram 1.566 pessoas, que somam às mais de 250 mil vidas perdidas para a Covid-19.

*Informações Revista Cláudia


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