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Após o ano difícil, em que o brasileiro aprendeu a comer em casa, as famílias buscam um alento no Natal
Ter uma ceia farta e presentes sob a árvore será um desafio principalmente para as classes C e D, em meio ao auxílio emergencial reduzido à metade, desemprego recorde e dólar alto, que fez saltar o preço dos alimentos.
Ainda assim, o varejo e especialistas apostam no aumento do consumo. Será o Natal das aves, dos vinhos e espumantes nacionais, da diversidade de pratos, mas em porções menores.
Há dois pontos para a aposta de crescimento em vendas. Um é que mesmo os mais pobres vão privilegiar os gastos no Natal pelo que a data representa após meses de limitações.
Em paralelo, com a renda preservada, os mais ricos terão festa mais farta. O outro eixo é que, com restrição de circulação, o número de reuniões familiares tende a crescer.
“Será uma ceia diferente porque as famílias vão usar o alimento para compensar o ano difícil. Vão reduzir quantidades para não abrir mão do que desejam. Com o dólar alto, produtos nacionais e de mercados mais próximos ganham protagonismo. Vai ter menos vinho da Europa e mais do Brasil e da América do Sul. O consumidor faz essa troca”, diz Fábio Queiroz, presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj) ouvido pelo jornal “Extra”.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou para cima sua estimativa para o Natal. Prevê aumento de 2,2% em vendas sobre 2019, contra previsão anterior de queda de 3%.
“O brasileiro vai ter que fazer escolhas e ajustar a quantidade de produtos ao orçamento” diz Fabio Bentes, economista da CNC.