Maio Roxo alerta população para a importância de cuidar das doenças intestinais

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 14 de maio de 2021 às 17:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Mais de 20% da população brasileira sofre algum tipo de problema intestinal e a grande maioria não procura ajuda médica.

Doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas podem ser controladas

 

Mais de 20% da população brasileira sofre algum tipo de problema intestinal e a grande maioria não procura ajuda médica.

Por esse motivo, neste mês é celebrado o ‘Maio Roxo’ com o objetivo de alertar as pessoas da importância de cuidar destas das doenças inflamatórias intestinais.

Dentre algumas doenças manifestadas devido a inflamação no intestino estão a Crohn e a Retocolite Ulcerativa.

O Dr. Claudio Saddy Rodrigues Coy, coloproctologista, explica quais são os sintomas, os critérios diagnósticos e o tratamento dessas doenças.

A causa exata das doenças inflamatórias intestinais é desconhecida, mas os agentes que podem ser infecciosos ou mesmo dietéticos, causam uma inflamação no intestino que deveria ser limitada, mas que, em algumas pessoas com predisposição genética se torna crônica.

“Diversos fatores como tipo de parto, amamentação, exposição a antibióticos na infância ou mesmo mais tarde, mudanças de hábitos alimentares, com maior consumo de alimentos processados, e tabagismo podem explicar esse aumento do número de casos”, explica.

Em alguns grupos étnicos, a ocorrência pode ser bastante alta, o que evidencia também um caráter genético.

Essas doenças não são contagiosas e não podem ser prevenidas, mas costumam ser mais comuns em países industrializados e em regiões urbanas e são influenciadas pelo meio ambiente.

“Hábitos saudáveis, como atividade física, controle de peso, dieta balanceada rica em fibras e com poucos alimentos industrializados estão associados a menor ocorrência destas doenças. Tabagistas portadores de Crohn, apresentam sintomas mais graves e o controle clínico se torna mais difícil”, esclarece.

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas mais comuns, estão diarreia, dor abdominal, anemia e emagrecimento.

“Como são doenças imunológicas, existem várias manifestações extraintestinais, como dor articular, acometimento em pele e até oculares. É importante salientar que as manifestações são variadas, muitos pacientes apresentam formas leves”, comenta o médico.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por meio da história clínica e de exames como a colonoscopia com biópsias e exames laboratoriais para identificar anemia e desnutrição.

“Existe, ainda, um exame de fezes que identifica a presença de inflamação intestinal e que ajuda, em casos de diarreia crônica.

Tem cura?

Por serem doenças consideradas crônicas, não possuem cura, mas se o paciente seguir as orientações e utilizar os medicamentos recomendados pelo médico, poderá ter uma vida normal.

Segundo o Dr. Coy, existem diversos medicamentos para serem tratadas. “Medidas complementares, como controle de peso, hábitos alimentares adequados e apoio psicológico também são importantes. O tratamento deve ser multidisciplinar e envolve outros profissionais, como nutricionistas e psicólogos”, finaliza o coloproctologista.

*Informações Saúde em Dia


+ Saúde