Estudo revela que sedentarismo atinge quase metade dos brasileiros

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  • Publicado em 29 de maio de 2018 às 17:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Cardiologista do hospital Sírio Libanês apresenta dicas para evitar a doença e melhorar o condicionamento

O
sedentarismo, caracterizado pela ausência de atividades físicas, já é conhecido
como a doença do século e pode causar diversos problemas de saúde. O
cardiologista Augusto Scalabrini, professor da USP atuante também no hospital
Sírio Libanês, explica que atualmente este não é somente um distúrbio de quem
não pratica exercícios, mas sim da falta de qualquer atividade física.

Embora
hoje em dia as pessoas tenham adquirido maior consciência a respeito desse
tema, boa parte ainda não tem hábitos que auxiliem no processo para a mudança.
“Já se sabe que a qualidade do envelhecimento é diretamente proporcional à
constância de atividade física durante a vida”, explica o médico.

Ainda
assim, uma pesquisa realizada pelo Pnad em 2017 aponta que cerca de 40% dos
brasileiros já são sedentários a partir da adolescência e os números também
crescem com a idade. O que poucas pessoas sabem é que a doença está diretamente
associada a uma série de outros problemas de saúde, como diabetes, obesidade,
hipertensão arterial, problemas nas articulações, entre outros.

O
cardiologista também coloca em questão o fato de que as atividades podem
colaborar em outros setores da vida: por liberar endorfina no corpo, os
exercícios proporcionam uma sensação de bem estar, sendo extremamente
benéficos. “As pessoas que fazem atividade física são mais alegres, mais
bem humoradas, têm menor incidência de depressão e são muito mais sociáveis, o
que é um fator muito importante quando se vive em comunidade”, aponta.

A
Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que as pessoas pratiquem ao menos 150
minutos de atividades físicas semanais, mas essas atividades não precisam ser
um tormento. Dr. Scalabrini ressalta que qualquer exercício é sempre bem vindo.
“Caminhar, por exemplo, é uma atividade de baixo impacto que promove um
condicionamento cardiovascular muito benéfico”, o médico destaca. Além dos
esportes tradicionais, também há opções alternativas, como lutas e esportes
radicais. É importante lembrar que médicos e educadores físicos podem auxiliar
cada pessoa de acordo com suas necessidades, sendo importantíssimo uma
combinação de exercícios adequada.