Estudante da USP de Ribeirão Preto descobre asteroide que pode atingir a Terra

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 09:00
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Asteroides fracos se movem mais devagar e, normalmente, os asteroides que colidem contra a Terra são os asteroides fracos

Estudante da USP de Ribeirão Preto, Verena fez a descoberta em curso da Nasa (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma estudante da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, de 22 anos, foi premiada pela Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) após descobrir mais de 20 asteroides. Um deles pode atingir a Terra, mas ainda não se sabe o tamanho e quanto tempo isso vai demorar para acontecer.

Segundo o jornal A Cidade On, Verena Paccola fez as descobertas enquanto realizava um curso oferecido pela Nasa para caça de asteroides, que são corpos rochosos que orbitam o entorno do Sol.

Verena fez o curso como forma de se distrair enquanto estudava para o vestibular, em 2020. Ela recebeu imagens realizadas por um telescópio localizado no Havaí e encontrou 25 corpos celestes do tipo, que nunca tinham sido identificados, um deles, de grande interesse para agência espacial norte-americana.

Classificações

“Eu descobri que existem classificações para os asteroides e entre elas, existem os asteroides considerados ‘fracos’, que é o caso deste asteroide que eu descobri”, disse Verena em entrevista à EPTV.

Segundo ela, os asteroides fracos se movem mais devagar e, normalmente, os asteroides que colidem contra a Terra são os asteroides fracos. Então, eles exigem uma monitorização pela Nasa, que é o que vai acontecer agora para calcular a órbita deste asteroide”, disse Verena.

Por conta da descoberta, ela foi reconhecida pela Nasa e pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. Além disso, a jovem poderá escolher o nome dos corpos celestes descobertos. Ela pretende homenagear a avó, a mãe e a USP de Ribeirão Preto.

“Se tem uma coisa que pode levar o Brasil para frente é a ciência. Nós estamos passando por um momento muito delicado neste meio, que é a pandemia, e acho que está mais claro do que nunca que a ciência é necessária”, afirma a estudante.


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