Entenda o que está por trás da guerra do varejo pelos sellers do marketplace

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 12 de novembro de 2021 às 14:30
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Para as varejistas, a grande vantagem de contar com um marketplace é oferecer para os clientes produtos que ela não vende diretamente

A meta dos grandes varejistas é aumentar o número de sellers em suas plataformas de vendas

Os grandes marketplaces do país estão em guerra para ver quem atrai mais sellers para sua plataforma de vendas. A Via, que entrou atrasada na disputa, comemorou o fato de ter atingido 108 mil sellers em curtíssimo espaço de tempo.

Com isso, a empresa consegue se aproximar do número de vendedores do Magazine Luiza (120 mil) e da Americanas (114 mil), empresas que investem no marketplace há muitos anos.

Mas ainda está bem abaixo do Mercado Livre, que possui 12 milhões de vendedores na América Latina –a empresa não revela o total no Brasil, mas o país é seu principal mercado.

A meta de todas as varejistas é elevar esse número. A Americanas diz que o plano é ter 150 mil lojistas. “O marketplace é um dos grandes motores de crescimento da Americanas nos próximos três anos”, diz a companhia.

A força do marketplace pode ser comprovada no resultado do terceiro trimestre do Magazine Luiza. Neste período, as vendas do e-commerce subiram 22% – sendo que o aumento foi de 6,7% nas vendas online do estoque próprio do Magalu e de 67,3% no marketplace.

Mas não é qualquer seller que interessa às empresas

“Todo mundo quer ter o melhor seller, o que tem um bom produto, bom preço, que atende bem o cliente, que manda a encomenda no prazo, que faz todo trabalho de feedback e tira dúvidas do cliente”, diz Eduardo Yamashita, COO da Gouvea Ecosystem.

Por isso, os marketplaces mais desenvolvidos oferecem serviços e soluções para atrair os melhores parceiros negócios.

Para as varejistas, a grande vantagem de contar com um marketplace é oferecer para os clientes produtos que ela não vende diretamente.

Dessa forma, elas conseguem diversificar a oferta sem precisar atuar diretamente em novas categorias de produtos.

Magalu

No Magazine Luiza, os sellers podem usar as lojas físicas da varejista como uma espécie de agências dos Correios para despachar os produtos vendidos para os clientes.

Além disso, a empresa incluiu as vendas do marketplace no serviço de entrega rápida por meio do ship from seller (um motoboy retira o produto no seller, agilizando a entrega).

O CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse que a empresa está ampliando a rede de sellers regionais para agilizar o prazo de entrega de produtos.

Segundo ele, a concentração de sellers em São Paulo encarece o custo de frete e inviabiliza a entrega rápida.


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