Em Franca, profissionais da saúde já começaram a ser vacinados contra Covid-19

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 08:30
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Em Franca, vacina está sendo aplicada no público prioritário formado pelos profissionais de saúde da chamada linha de frente

Prefeito Alexandre Ferreira acompanha início da vacinação contra Covid-19 em FrancaPrefeito Alexandre Ferreira acompanha início da vacinação contra Covid-19 em Franca

A Prefeitura de Franca recebeu na noite da última quarta-feira, 20, o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19.

A entrega total foi de 3.320 doses, que já estão sendo aplicadas no público prioritário formado pelos profissionais de saúde da chamada linha de frente, aqueles que ficam mais expostos aos riscos de contágio.

O prefeito Alexandre Ferreira acompanhou com o secretário Lucas Souza e auxiliares, a chegada das vacinas.

Segundo o prefeito, a Secretaria de Saúde havia estruturado um plano municipal para receber e começar a aplicar 55 mil doses, com 16 postos espalhados por toda cidade, inclusive no sistema Drive Thru.

Mas em razão da limitação das doses enviadas pelo Governo do Estado, os novos lotes deverão chegar nos próximos dias, na medida em que a vacina vai sendo produzida.

Havendo a entrega de uma nova quantidade compatível com a demanda preliminar, essa imunização estará sendo expandida para os demais públicos, seguindo as orientações do Ministério e da Secretaria de Saúde.

Nesse primeiro momento, o alvo são os servidores das unidades emergenciais da rede municipal, Prontos-socorros, UPAS, SAMU e hospitais, lembrando que o foco são os profissionais que lidam, diretamente, com os atendimentos da Covid.

Lote de vacinas contra Covid-19 chegou em Franca na noite da última quarta-feira, 20Lote de vacinas contra Covid-19 chegou em Franca na noite da última quarta-feira, 20

Rigor com festas clandestinas

O prefeito Alexandre Ferreira disse que, nesses primeiros 15 dias de administração, os esforços têm sido grandes em todos os sentidos para minimizar o impacto da doença.

Os apelos são constantes para que as pessoas, mesmo em família, evitem aglomerações, confraternizações, para que se previnam, utilizando máscara e mantenham o distanciamento.

Sobre as festas clandestinas, organizadas em chácaras e outros espaços, apelou para que os organizadores não insistam nessas práticas, que serão identificados e punidos pela fiscalização.

A Prefeitura, por meio da Vigilância Sanitária e Guarda Civil, está fazendo um acompanhamento para identificar os locais previamente e coibir essas práticas.

Mas, independente da ação das autoridades sanitárias, lembrou o prefeito ser preciso que essas pessoas tenham consciência que estão colocando suas vidas em risco, podem contrair a doença nesses eventos e no dia seguinte levar para os pais, avós e demais parentes que estão em casa.

Mais leitos

Durante o momento em que esteve no Pronto-socorro, na manhã da quinta-feira, acompanhando a aplicação da primeira dose da vacina, o prefeito ressaltou que a Prefeitura está fazendo a sua parte, mas para controlar a disseminação da doença, cada cidadão precisa fazer a sua também.

Mencionou os 8 leitos padrão UTI, que foram montados no próprio Pronto-socorro, que já estão servindo de suporte, dos 7 leitos UTI-SUS contratados pela Prefeitura com a Santa Casa, dos quais 3 começarão a funcionar nesta sexta-feira e os outros 4 previstos para a próxima semana, dia 29.

O prefeito também informou que recebeu sinalização do Governo Estadual, sobre o financiamento de outros 13 leitos UTI para a Santa Casa, o que permitirá melhorar a oferta de vagas e o fluxo de atendimento de pacientes mais graves.

Também deu a notícia de que 10 leitos foram liberados e colocados à disposição em Igarapava, o que de certa forma desafoga a demanda na Santa Casa, que é o hospital de referência de toda a região.

Servidor fala do medo da doença 

Com 30 anos de trabalho pela Prefeitura, sendo 17 deles trabalhando no Pronto-socorro, o servidor Fernando Augusto Cândido disse ter se sentido aliviado ao receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

De acordo, com ele, o seu maior temor era retornar para casa, pois sempre tinha medo de estar levando o vírus para os familiares.

“Agora, estou me sentindo aliviado, não dói, nem parece que tomei vacina e vou seguir com os cuidados, mas estou me sentido mais tranquilo e seguro’, disse.

O servidor também falou que, em razão do elevado número de pessoas que atende, diariamente, o assunto Covid sempre está presente e às vezes, sentia-se impotente em querer fazer algo a mais para o paciente que atendia.

“A gente estando bem, quer sempre oferecer algo além do que pode. Essa é a nossa missão enquanto servidores da saúde”, finalizou.


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