Em 2 horas, candidatos de Franca tentam expor suas propostas em debate na tv

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 9 de novembro de 2020 às 13:26
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 07:51
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Debate na Band não empolgou eleitorado francano pelo pouco tempo para candidatos exporem suas ideias

Candidatos não chegaram a empolgar o eleitorado francano no debate da TV Clube

Os candidatos em 2020 de Franca, Adérmis Marini (PSDB), Alexandre Ferreira (MDB), Bruxellas (PT), Flávia Lancha (PSD), Gilson de Souza (DEM), João Rocha (PSL), Marília Martins (PSOL) e Orivaldo Donzelli (PTB) participaram na noite do domingo, dia 8 de novembro, de um debate promovido pela TV Clube, afiliada da TV Bandeirantes.

Intermediado pelo jornalista André Costa, o debate não empolgou o eleitorado de Franca, que não enxergou propostas dos candidatos e ações para a cidade alavancar o seu desenvolvimento.

Estiveram presentes nos estúdios da emissora, em Ribeirão Preto (SP), Adérmis Marini (PSDB), Alexandre Ferreira (MDB), Bruxellas (PT), Flávia Lancha (PSD), Gilson de Souza (DEM), João Rocha (PSL), Marília Martins (PSOL) e Orivaldo Donzelli (PTB).

Segundo a emissora, o critério de escolha dos candidatos foi a representatividade partidária no Congresso Nacional. Para participar, os partidos da coligação deveriam ter ao menos cinco representantes na Câmara Federal ou no Senado.

Durante o debate, os candidatos permaneceram com a máscara no rosto. O acessório, de uso obrigatório em virtude da pandemia de Covid-19, só foi retirado na hora de fazer e responder às perguntas. Acrílicos separaram os candidatos e mediador no púlpito.

O debate teve duração de 1 hora e 30 minutos e foi dividido em três blocos.

Primeiro bloco: os candidatos fizeram perguntas entre eles, com direito à réplica e tréplica. A ordem dos questionamentos foi sorteada. Entre os assuntos abordados de forma livre entre os concorrentes estão saúde, emprego, creches, planejamento, economia e enchentes.

Segundo bloco: perguntas feitas a todos os candidatos através de sorteio pelo jornalista mediador do debate. Entre os temas abordados estão: transporte público, impostos, emprego, saúde, administração e habitação.

Terceiro bloco: os candidatos fizeram perguntas entre eles, com direito à réplica e tréplica. A ordem dos questionamentos foi sorteada. 

Entre os assuntos abordados de forma livre entre os concorrentes estão educação, infraestrutura, administração, violência contra a mulher, administração.

O portal G1 selecionou uma das propostas apresentadas por cada participante durante o debate, que não teve considerações finais. 

Veja em ordem alfabética, conforme os nomes foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Adérmis Marini (PSDB)

Saúde – Eu, pela experiência que tenho como deputado federal e o contato que eu tenho em São Paulo, nós vamos buscar recursos em Brasília e São Paulo, para fazer mutirões de cirurgia, cirurgias aqui na cidade de Franca. Nós vamos fazer mutirões para zerar a fila de exames e de consultas, que também está grande aqui na cidade de Franca. Nós vamos construir quatro novos núcleos de saúde nas quatro regiões aqui da cidade de Franca. Nós temos o curso de medicina, temos curso de enfermagem e nós vamos trabalhar ações preventivas pra nossa população. Nós vamos ampliar o nosso programa de saúde da família. O nosso foco vai ser cuidar das pessoas, fazer com que as pessoas tenham um tratamento digno. Se ela precisar tomar, que não falte remédio na nossa Prefeitura Municipal. Hoje, até fralda está faltando, e aumento de leitos de UTI, embora a média e alta complexidade não sejam de responsabilidade constitucional do prefeito e, sim, do governo federal e do governo do estado. Eu, como prefeito da cidade, assumo de trabalharmos junto, pra ampliar os leitos da nossa cidade.

Alexandre Ferreira (MDB)

Educação – A população precisa trabalhar, precisa sair de casa, e não tem onde deixar a sua criança, não tem onde deixar o seu jovem, não tem aonde deixar com segurança, para que ele possa, no início da vida, ter uma condição melhor. Então, a ideia, como lá atrás eu fiz 34 creches, a ideia é que consiga retomar essa construção, trazer dinheiro como eu fiz, a maioria delas com dinheiro externo, FDE e FNDE. Trazer dinheiro externo, construir creches, só que nós precisamos achar uma solução mais rápida pra gente poder oferecer condições e segurança para essas crianças ficarem numa escola, já que nós vamos gerar muito emprego na cidade, como eu fiz lá atrás. Há quatro anos, a cidade que mais gerou emprego no país por dois anos seguidos e, portanto, nós vamos precisar de creches. A ideia é que a gente consiga comprar o máximo possível de creche, retomar uma creche, reforçar o Mais Creche, foi criado lá atrás pelo Sidnei e eu, melhorar essa condição, fazer com que as crianças tenham creche já a partir de janeiro, fevereiro, né?

Bruxellas (PT)

Emprego – Nós já tivemos na indústria calçadista mais de 35 mil profissionais empregados. Em agosto, foi o pior mês da história com apenas nove mil profissionais. Então, nós estamos vindo de uma queda há um bom tempo e a gente precisa reverter isso. Qual é a nossa proposta para a questão do desemprego? Usar, principalmente, o poder de compra da prefeitura, que gastou, em 2018, em torno de R$ 187 milhões, com despesas negociáveis. Por exemplo, sapatos e bolsas para alunos da rede pública, merenda escolar, frota de carros da prefeitura e que vão, muitas vezes, para grandes empresas que estão fora da cidade de Franca. Então, que nós queremos fazer? O cadastramento de profissionais autônomos, de microempresários, de pequenos empresários e até de médios, para que esse recurso fique na cidade de Franca. Então, esse é o primeiro elemento. O segundo é que nós avaliamos que, em 2018, nós tínhamos mais de seis mil motoristas de aplicativo na cidade de Franca. Com a pandemia, isso aumentou ainda mais e a Uber, a 99, essas empresas cobram uma taxa em torno de 18 a até 30% do valor da corrida e o motorista ainda tem que arcar com manutenção e a gasolina do carro. Nós queremos criar o aplicativo Locomove Franca, onde teremos apenas a taxa administrativa, porque a prefeitura não tem necessidade de ter lucro, uma taxa 5 a 7%, e garantir que todo o restante do recurso, em torno de 18 a 20%, seja repassado para esse motorista de aplicativo, pra que aumente a renda dessa família e aumente a qualidade de vida, consequentemente.

Flávia Lancha (PSD)

Criação de 1,5 mil empregos – Eu sempre digo uma coisa, que eu sou uma mulher de palavra e não de promessa. Antes de fazer essa proposta, eu fui estudar profundamente em outras cidades que já tem, inclusive cidades com menor número de habitantes e com uma maior contratação e é possível, sim. Como eu já disse em uma outra oportunidade, a minha vida toda eu trabalhei com custos e sei o orçamento da prefeitura, sei que é possível, sim, a gente mexer. Esse é o projeto de desenvolvimento econômico em parceria com a ação social. Temos verbas, inclusive, já falei também sobre isso, de publicidade em todas as pastas. Então, é possível, a gente tem que priorizar. Nós temos o ano todo para mexer em recursos. A minha prioridade é, sim, o trabalhador, que, a partir de janeiro, não terá condição de sobrevivência, por quê? O auxílio emergencial termina agora em dezembro. Então, eu sei que é possível, farei e pode ter certeza, como eu já disse antes. Eu não faço uma promessa sem ter certeza que eu vou cumprir. Então, para mim, palavra dada é palavra cruzada. A partir de janeiro, vamos sim, promover essa contratação. Claro que não será os 1,5 mil de uma vez só.

Gilson de Souza (DEM)

Administração – Quando eu cheguei, eu cheguei vendo a Santa Casa não tendo dinheiro para pagar médico, não tendo dinheiro para comprar remédio, não tendo dinheiro pra pagar os funcionários. O Allan Kardec é a mesma coisa, fecha, não fecha, não tem dinheiro pra pagar funcionário, não tem dinheiro pra tocar o hospital. APAE a mesma coisa, fecha, não fecha, não tem dinheiro pra pagar os funcionários, não tem pra tocar a instituição tão importante quanto a APAE. O que nós fizemos? Nós começamos a cuidar bem das pessoas, repassamos pra Santa Casa quase R$ 50 milhões nesses quatro anos, três anos e oito meses. A APAE recebe, professor recebe o transporte, alimentação, médico e toda a estrutura e ainda R$ 284 mil por mês. E o Allan Kardec, a instituição que tem ajudado muito a saúde mental, nós repassamos em torno de R$ 740 mil. Quando eu cheguei, cheguei encontrando também a dívida de quase R$ 100 milhões que nós estamos acabando de pagar, que foi deixada por ex-prefeito, que pagaram de forma errada e que pouca gente fala dessa dívida.

João Rocha (PSL)

Enchentes – Em relação às enchentes, o que nós podemos dizer? Tem três situações que nós vamos fazer, nas nascentes dos córregos, na parte alta dos córregos, nós temos que fazer ali, lagoas de contenção, para que as águas não cheguem tão rapidamente no leito lá em baixo, nos nossos córregos. Segundo, fazer um processo, uma ordenação legal para que cada uma das unidades envolvidas na região, onde as enchentes estão, nós tenhamos ali uma chamada cisterna C, uma cisterna de contenção, para que só depois da cisterna cheia, tenhamos essa água indo para a rua. E por último, ao longo dos córregos, como obra simples, duas grandes redes de galeria subterrâneas, não deixando que as águas cheguem tão rapidamente e de forma tão forte, aonde as enchentes acontecem. Temos solução e vamos resolver.

Marília Martins (PSOL)

Mulheres – Nós temos que olhar com muita atenção que existe violência doméstica muito maior, muito mais agressiva. Nessa época de pandemia, por exemplo, onde muitas das vítimas estão em cárcere com seus agressores e não somente, muitas pessoas idosas, pessoas com deficiência também. No nosso plano, nós temos um canal de denúncia direto em relação às violências e nós temos que fortalecer, por exemplo, a rede Maria da Penha e outras iniciativas como o Conselho da Condição Feminina, outros grupos de mulheres para o fortalecimento, empoderamento econômico, para que essas famílias, essas mulheres tenham mais autonomia e independência econômica. Precisamos pensar também na violência institucional. Mulheres não precisam somente de ginecologistas, nós temos todo um universo que é simplificado demais. Precisamos reforçar a nossa rede de atendimento, dar acessibilidade, regulamentar inclusive a uma lei municipal, né? Contra a LGBTfobia. E nós, mulheres, precisamos de mais oportunidades de formação e trabalho.

Orivaldo Donzelli

Saúde – Esse hospital universitário com certeza a gente fará. Primeiramente, nós temos duas faculdades de medicina em Franca, a UNIFACEF, que tem nota quatro no índice geral de cursos, que mostra que é excelente, temos também a UNIFRAN, que somado nos dois últimos anos, nós temos 320 alunos. Além disso, nós temos faculdade de enfermagem, fisioterapia, de forma que o Hospital Universitário é totalmente viável. Nós temos alguns exemplos disso em outras cidades, como o Hospital de Base em São José do Rio Preto, que também nasceu de um hospital universitário. Nós temos também um local onde nós pretendemos colocar, né? Ele é totalmente viável, é só terminar e conseguir recurso do governo federal. Como o governo atual recebeu recursos pra pandemia, nós também conseguiremos recurso pra construção e término desse hospital. Além disso, pra viabilizar, nós temos a rede Lucy Montoro, que cuida de prótese, essas coisas que também ajudam na manutenção do hospital.

(fonte Portal G1)​


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