Coxão mole em Franca a preço de bacalhau e peixes a custo de “ouro” na Semana Santa

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 11 de abril de 2022 às 06:00
  • Modificado em 11 de abril de 2022 às 06:13
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Os francanos estão sentindo no bolso a escalada dos preços nos supermercados e isso tem efeito direto no preço de peixes e produtos de maior consumo da Semana Santa.

A disparada da inflação, que atingiu em março 1,62%, puxada por transportes e alimentos, provoca uma perda de referência de preços na cabeça do consumidor e uma grande confusão na hora de ir às compras de supermercado.

Levantamento informal demonstra que, em um mesmo estabelecimento, tem óleo de milho sendo vendido a preço de azeite e coxão mole (carne bovina de primeira) elas por elas pelo bacalhau. Este, então, está a preço de ouro.

A garrafa de óleo de milho, o cereal pressionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, saía por R$ 24,50, e o azeite português, pelo mesmo valor. No caso do bacalhau, em oferta, custava R$ 54,90, mesmo preço do coxão mole. Mas, dependendo do tipo do bacalhau, o valor passa dos R$ 70 o quilo.

É bem verdade que em alguns casos existem diferenças nos volumes comparados. No caso do óleo de milho, a garrafa é de 900 mililitros e no azeite, de 500 mililitros. Também a embalagem do bacalhau congelado é de 800 gramas, e a carne bovina é vendida por quilo.

Tudo igualado

No entanto, o que choca o consumidor é que a ordem de importância dos produtos, que normalmente se reflete nos preços, foi abruptamente alterada.

Na sua memória de preços, o brasileiro sabe que bacalhau e azeite, por serem produtos importados, sempre custam mais do que carne bovina e o óleo de milho, ambos produzidos nacionalmente.

A bagunça nos preços pega também a comparação de produtos nacionais e mais elaborados. É o caso do café, mesmo o Brasil sendo o principal produtor mundial.

A embalagem de 500 gramas de café torrado e moído foi encontrada por R$ 25,90, enquanto a caixa com 10 cápsulas de café para ser preparado na máquina era vendida por um preço até ligeiramente menor, R$ 25,20.

Cada cápsula tem 52 gramas e, portanto, peso equivalente ao da almofada de pó de café. É bom lembrar que o café em cápsula passa por um processo de produção mais sofisticado do que o em pó. (Estadão Conteúdo)


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