Covid-19: estudo prova que falta da dose de reforço está associada a casos graves

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 11:30
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Parâmetros adotados pela pesquisa para definição do que seriam resultados graves foram hospitalização ou morte

Estudo confirma casos graves de covid-19 associados à falta de vacinação de reforço – foto Arquivo

 

Um novo estudo científico realizado no Reino Unido mostra que casos graves e recentes de Covid-19 podem ser associados à ausência da vacina de reforço.

Segundo a revista Lancet, os pesquisadores tiveram como base toda a população da Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, com cinco anos ou mais, de forma anônima, durante o período de 1º de junho a 30 de setembro de 2022.

Os pesquisadores estimaram as chances das pessoas não estarem totalmente vacinadas em 1º de junho de 2022 e as taxas de risco ajustadas para resultados graves de COVID-19 entre 1º de junho e 30 de setembro de 2022.

Depois disso, agruparam os resultados de cada país em uma meta-análise para todo o Reino Unido.

Em 1º de junho de 2022, cerca de 45,8% na Inglaterra, 49,8% na Irlanda do Norte, 34,2% na Escócia e 32,8% no País de Gales estavam subvacinados.

Pessoas mais jovens, de origens desfavorecidas, de etnia não-branca ou com menos comorbidades tinham menor probabilidade de estar totalmente vacinadas.

Houve 40.393 casos graves de Covid-19, com 14.156 em participantes subvacinados. Segundo o estudo, em julho de 2022, se todos estivessem vacinados corretamente, haveria uma redução de casos graves no Reino Unido ao longo de quatro meses.

Para a faixa etária de 75 anos ou mais, as taxas de risco ajustadas foram 2,70 para uma dose a menos, 3,13 para duas a menos, 3,61 para três a menos e 3,08 para quatro a menos.

Esses resultados ressaltam a importância da vacinação completa para prevenir casos graves de Covid-19, especialmente em grupos mais vulneráveis.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Edimburgo com o departamento de Atenção Básica e Ciências da Saúde da Universidade de Oxford, e com parcerias entre várias outras universidades do Reino Unido como Belfast e Cambridge.

Uma das justificativas para a publicação se deu pelo argumento de que há poucas análises que associam os casos graves ao déficit de vacinação.

A vacinação completa foi definida com base no calendário de vacinas padrão recomendado pelo Instituto J. Craig Venter, a subvacinação seria a fuga a essa determinação pelo IJCV.

Os parâmetros adotados para definição do que seriam resultados graves de Covid-19 foram hospitalização ou morte.

*Informações O Globo


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