Coronavírus no ar: saiba os locais onde se corre maior risco de infecção

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 11 de novembro de 2020 às 22:05
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 08:07
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10% desses pontos de interesse representam mais de 80% das infeções pelo novo coronavírus

A maioria dos casos da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, resulta somente da visita a determinados lugares, sugere um estudo norte-americano publicado na revista “Nature” e divulgado no jornal “The New York Post”.

Restaurantes, academias, hotéis e locais de culto estão entre os 10% dos locais que parecem resultar em cerca de 80% das infecções.

“Existem locais de menor dimensão, onde estão presentes mais pessoas, e onde estas permanecem por mais tempo”, afirmou Jure Leskovec, coautor do estudo e professor na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Reduzir a capacidade dos estabelecimentos para 20%, ao invés de fechá-los, poderá atenuar a curva de transmissão do SARS-CoV-2 até 80%, apontou o professor. “O nosso trabalho salienta que não tem de ser tudo ou nada!”, reforçou.

O estudo, que incluiu investigadores da Universidade de Northwestern além de Stanford, analisou os dados de celular de 98 milhões de americanos em dez grandes cidades, como Nova Iorque, Filadélfia, Washington D.C., Los Angeles, Chicago e Houston.

Os cientistas monitoraram as deslocações das pessoas a restaurantes, supermercados, academias e hotéis, mais idas a clínicas e a locais de culto, ao mesmo tempo que contabilizavam os casos de coronavírus nessas áreas geográficas.

“Em média, registramos que em lugares como o metrô, restaurantes, academias, cafés, hotéis e em organizações religiosas se dava o maior aumento de casos de contágio”, destacou o estudo.

Leskovec acrescentou que tendo como base aquele modelo: “aproximadamente 10% desses pontos de interesse representam mais de 80% das infeções pelo novo coronavírus”.