Café é uma poderosa fonte de energia, mas estudo revela uma verdade sobre a bebida

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 28 de janeiro de 2024 às 06:30
  • Modificado em 28 de janeiro de 2024 às 07:00
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Bebida é a segunda mais consumida do Brasil, perdendo somente, é claro, para a água

Há quem diga que o dia só começa depois de uma xícara de café. Alguns só bebem com açúcar. Outros tomam para ficar em alerta após o almoço ou antes da atividade física.

Independentemente da forma de consumo, o café é uma das bebidas mais apreciadas no mundo. No Brasil, só não é mais ingerida que a água.

A fama do café passa pelo seu principal componente: a cafeína. No corpo, a substância melhora o humor, estimula o raciocínio e a memória e tem o poder de fazer o sono passar. Mas, em excesso, pode causar arritmias cardíacas, ansiedade e dependência.

Estudos mostram que tomar café em doses moderadas faz bem à saúde. Há um limite seguro de ingestão diária de cafeína, o que afeta a quantidade de xícaras a serem bebidas. Além disso, o tipo de café e a forma de tomá-lo também fazem diferença na hora de adotar um consumo mais saudável.

Saiba mais sobre o café:

– O consumo de cafeína por dia não deve ultrapassar os 400 miligramas (mg);

– Isso representa de 2 até 4 xícaras pequenas de café;

– Cafés instantâneos ou solúveis contêm menos cafeína do que cafés torrados e moídos;

– O ideal é evitar o consumo após às 15h;

– Não é recomendado a ingestão de 300mg de cafeína de uma vez só;

– A cafeína também está presente em energéticos, refrigerantes, chocolates e até remédios.

“A cafeína funciona como um estimulante do sistema nervoso simpático. Então as pessoas se sentem renovadas depois de uma dose de café”, disse Octavio Marques Pontes Neto, neurologista e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Cafeína ‘engana’ o cérebro

Antes de falar de cafeína, precisamos falar da adenosina.

• A adenosina é um neurotransmissor produzido pelo próprio corpo;

• Ele vai sendo liberado à medida que a energia vai sendo gasta ao longo do dia;

• Conforme a produção de adenosina aumenta, aumenta também a sensação de cansaço;

• O que as duas têm em comum? As moléculas de cafeína e de adenosina são muito parecidas. Isso faz com que o cérebro seja “enganado” após a ingestão de uma xícara de café.

Efeitos

A cafeína é absorvida pela corrente sanguínea de 15 até 40 minutos. No cérebro, ela se liga a receptores cerebrais que, até então, estavam recebendo a adenosina.

É nessa etapa que a mágica acontece: a cafeína, de certa forma, “engana” o cérebro e inibe a ação da adenosina.

Apesar das duas substâncias serem bem parecidas fisicamente, na prática provocam efeitos opostos: enquanto a adenosina é ligada à sonolência, a cafeína nos estimula a ficar acordado.

“A cafeína impede que a adenosina faça esse efeito de cansaço”, explicou o neurologista Octavio Marques Pontes Neto.

“Você fica em estado de alerta porque o café bloqueia a ação da adenosina, que é uma substância relacionada à fadiga”, afirmou.

Por isso, após uma xícara de café, o sono passa e você fica hiperativo e mais concentrado.

O estímulo provocado pela cafeína pode durar até seis horas, de maneira geral.

Esse tempo pode ser maior em pessoas que tomam anticoncepcional ou outros hormônios. Em gestantes, o efeito pode permanecer de 12 até 15 horas.

Fonte: WWW.g1.com.br


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