Brasil segue liderando casos de depressão na quarentena, aponta pesquisa da USP

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 09:30
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As restrições durante a pandemia e o isolamento social, que tanto ajudam a conter o avanço da Covid-19, podem prejudicar a saúde mental

Brasil está em primeiro lugar no ranking de casos de depressão na quarentenaBrasil está em primeiro lugar no ranking de casos de depressão na quarentena

 

O Brasil vem liderando os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia do novo coronavírus, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em onze países.

As restrições durante a pandemia e o isolamento social, que tanto ajudam a conter o avanço da Covid-19, podem prejudicar a saúde mental. Segundo o estudo, o Brasil é o país que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%).

Em segundo lugar está a Irlanda com 61% das pessoas com ansiedade e 57% com depressão, e os Estados Unidos, com 60% e 55%, respectivamente.

“Nós concluímos que a pandemia de Covid-19 tem se mostrado um evento traumático para muitas pessoas, levando aumento exponencial de sentimento de medo e estresse”, disse Ricardo Uvinha, professor de lazer e turismo da USP, à CNN.

“A pesquisa reforça que os brasileiros têm sofrido drasticamente o período de quarentena e lockdown, em especial pela privação de atividades de lazer fora do ambiente doméstico.”

Mulheres, jovens, pessoas com algum histórico de desordem mental e aqueles que ficaram desempregados foram os que mais relataram os sintomas de ansiedade e depressão diante do confinamento.

De acordo com a pesquisa, a saúde física e mental está diretamente ligada com atividades de lazer, e, em tempos de pandemia, os parques se tornaram uma das poucas opções seguras.

Atividade física pode ajudar

A realização de atividades físicas ajuda no combate à depressão. Muitos procuram locais abertos para realizar esportes, com medo da contaminação pelo vírus.

“A liberação dos parques me ajudou muito, tanto na parte física, quanto na saúde mental”, afirmou o atleta amador Artur Santos.

*Informações CNN


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