Black Friday: descontos este ano devem ser menores por conta da inflação

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 8 de novembro de 2021 às 13:30
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Além dos descontos menores, este ano o interesse na compra de produtos também tende a ser outro, como roupas e acessórios

Produtos da Black Friday devem ter desconto menor por conta da inflação este ano

 

O aumento da inflação deve diminuir os descontos da Black Friday neste ano, apontou o diretor de inteligência de mercado Alexandre Crivellaro, em entrevista à CNN no domingo (7).

“No Brasil, o e-commerce está com perspectiva de crescimento de 25%, com inflação de 10%. O que deve acontecer é o desconto ficar um pouco menor por conta da inflação, já que esse produto já foi adquirido um pouco mais caro pelo comerciante”, afirmou Crivellaro.

O comércio eletrônico ganhou espaço durante as restrições impostas pela Covid-19 e isso deve se manter, mesmo com o avanço da vacinação, na avaliação do especialista.

“A compra online veio para ficar. No ano passado, com a pandemia, as pessoas foram obrigadas a mudar de hábito. Muita gente fala que vai preferir comprar online neste ano. Muita gente quer comprar off-line, mas o comércio eletrônico trouxe essa comodidade. O nível de desconfiança caiu muito.”

Crivellaro avalia que, apesar de alguns novos obstáculos, as lojas darão conta de atender a demanda.

“O mercado vem se preparando há meses. Neste ano, tivemos percalços por problemas de entrega, falta de produtos e insumos que podem afetar as vendas em geral, já que algumas lojas não terão um estoque muito alto, mas o mercado está muito maduro, acho que será muito positiva neste ano a Black Friday”.

Para quem não está acostumado a comprar pela internet, o especialista dá dicas. “O conselho é verificar se a loja é reconhecida, se tem selo de segurança, algum certificado, olhar em sites de reclamações para ver qual a reputação dela. E desconfiar um pouco de ofertas excessivas. O desconto médio da Black Friday é de cerca de 40%. As pessoas tem que desconfiar quando o preço é excessivamente baixo, é uma possibilidade de golpe”.

Outra diferença em relação a 2020 é que os itens que despertam interesse de compra devem ser outros agora.

“Categorias que ficaram um pouco represadas, como moda e acessórios, vão começar a subir de novo, entrar no topo, porque as pessoas vão começar a sair de casa novamente. Mas eletroeletrônicos continuam com força”, conclui Crivellaro.

*Informações CNN


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