Presidente eleito da Câmara Municipal de Franca detalha projetos para o ano de 2020

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  • Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 10:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:09
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Entre as ações que pretende fazer, Pastor Sérgio Palamoni destaca a reforma do prédio da Câmara

O vereador Pastor Sérgio Palamoni (PSB), foi eleito o novo presidente da
Câmara Municipal de Franca no último dia 5 de dezembro, para gerir a Casa de Leis no ano de 2020 (veja mais aqui: 
https://franca.sp.leg.br/noticias/2019/12/pastor-palamoni-e-eleito-o-novo-presidente-da-camara).

E ele já tem alguns projetos que pretende colocar em prática no próximo ano. Nesta entrevista, ele se apresenta à população e compartilha os planos que pretende implementar na
Casa durante o ano que vem. Confira abaixo:

Câmara Municipal de Franca – Primeiramente,
Pastor, por favor, conte um pouco sobre quem é o senhor e quais suas propostas
enquanto vereador da Câmara Municipal de Franca.

Pastor Palamoni – Antes de
ser Pastor, eu sou filho, o Sérgio, de um casal muito simples, um sucateiro e
uma dona de casa. Sou de uma família de quatro irmãos, nascido e criado na
cidade de Franca. Comecei a trabalhar com 12 anos, como empacotador, e fui
vendedor de loja até prestar concurso público e me tornar carteiro por um
período. Depois eu tomei a decisão de sair e me tornei bancário, onde exerci
várias funções até me tornar gerente. Nos últimos 18 anos, venho atuando como
pastor evangélico. Sou casado há 32 anos, tenho dois filhos e três netos. Em
2016, eu fui escolhido numa prévia dentro da minha Igreja, a do Evangelho
Quadrangular, que abrange 50 igrejas na cidade de Franca, para representar o
nosso segmento. Daí começamos a trabalhar e chegamos à vitória. Estou no
primeiro mandato, sempre pensando no social e na população, e agindo conforme
vão chegando as demandas para nós também.

CMF – Como fica a relação entre
religião e política?

Palamoni – Nós
temos que separar uma coisa da outra. O fato de eu ser pastor e ser evangélico
não impede de eu ser um político. Porque antes disso, eu sou um cidadão, um
munícipe. Também fui eleito pelo voto popular e não só por evangélicos. Tenho
muitos amigos por onde trabalhei. Então, não vejo empecilhos. Acho que todos
nós, como cidadãos, temos direito de exercer a nossa cidadania.

CMF – Por que o senhor escolheu
ser candidato à presidência da Câmara Municipal?

Palamoni – Não foi
uma coisa planejada nem projetada, mas algo que surgiu. Entre os quinze, todos
poderiam ser – por que eu também não poderia? Quando coloquei meu nome à
disposição, para a minha surpresa, teve uma boa aceitação por parte dos
vereadores. Havia outros candidatos, sim, mas, quando chegou no dia, todos
resolveram me dar o apoio, e aconteceu a votação por unanimidade.

CMF – Os meios de comunicação
locais destacaram que três dos quatro membros eleitos da Mesa Diretora da
Câmara são evangélicos. A religião poderia afetar a tomada de decisões da Mesa?

Palamoni – A
votação é feita individualmente para cada integrante da Mesa. Não é uma chapa
única que é formada. A votação é proposta para quem quiser participar, e os
cargos são votados separadamente. Eu coloquei meu nome à disposição;
coincidentemente, a vereadora Cristina Vitorino [a vice-presidente, do
Republicanos] também havia colocado, o Pastor Otávio Pinheiro [o 1º secretário,
do PTB] e o Della Motta [2º secretário, do Podemos] se dispuseram, assim
como outras pessoas queriam e depois decidiram não se candidatar. Não é uma
coisa programada ou planejada. Ali, cada um se dispôs e foi aprovado por todos
os vereadores. Porque se algum vereador não quisesse ou contestasse, poderia
impedir que isso acontecesse. Agora, o fato de sermos evangélicos, eu não sei
por que que isso talvez incomode as pessoas, não sei se é a palavra correta.
Como já disse, todos nós, antes de sermos evangélicos, somos cidadãos, e todos nós
fomos eleitos pelo voto popular. A partir do momento que nós somos eleitos, nós
não representamos mais o nosso segmento. Nosso segmento nos ajuda a ser eleito;
assim que assumimos, somos representantes do povo da cidade.

CMF – E como deve ser a relação
da Mesa Diretora com o Poder Executivo Municipal?

Palamoni – Como
todos sabem, desde o início eu sempre fiz parte da base do governo. Mas, em
algumas ocasiões, votei contra o governo. Vamos trabalhar mediante o que irá
chegar para nós, e analisar os projetos como sempre foi analisado. Por mais que
tenha alguma solicitação de apoio, eu sempre voto com a minha consciência e
achando o que pode ser melhor para a população. Então, não há interferência,
por mais que tenha essa amizade e esse trabalho conjunto.

CMF – Quais são as principais
ações que o senhor quer tomar quando tomar posse como presidente da Câmara
Municipal em 2020?

Palamoni – O prédio
da Câmara já está em funcionamento há praticamente dez anos, e durante esse
período, não passou por nenhum tipo de reforma. Hoje, enfrentamos alguns
problemas sérios, e, desde o início deste mandato, já se cogitava fazer essa
reforma. Portanto, acredito que isso deva ocorrer no ano de 2020 diante da
necessidade. É algo importante, porque trará segurança não somente para os
funcionários, mas também para todo munícipe que passa por aqui diariamente.
Através do atual presidente, o vereador Donizete da Farmácia (PSDB), o projeto
da reforma está em andamento. Somente em janeiro que iremos saber, através
desse projeto, o custo da reforma. Não temos uma noção exata de quanto vai ser.

Pretendemos implantar a
Procuradoria Especial da Mulher, que é um projeto da vereadora Cristina
Vitorino e já foi aprovado pela Câmara. Ela possui ainda o projeto da Patrulha
Maria da Penha, o que queremos fazer dentro do nosso mandato.

Iremos tratar também da questão
de segurança do prédio. A gente tem muitas saídas, o que atrapalha um pouco na
segurança. Já estamos pensando a situação, mas não temos o custo ainda. Tudo
vai ser analisado cautelosamente.

CMF – Uma das principais
críticas direcionadas à Câmara Municipal é a qualidade do som durante as
sessões no Plenário, que muitas vezes dificulta o entendimento do que está
acontecendo. Já existe algum plano para tentar resolver este problema durante a
sua gestão?

Palamoni – Não
temos um plano específico, mas temos a intenção, sim, de melhorar o som. Muitas
vezes chegam reclamações de quem está acompanhando as sessões, e mesmo
internamente, passamos por situações delicadas, em que não ouvíamos o que o
outro vereador falava. Isso atrapalha o nosso trabalho. Então, existe sim a
pretensão de fazermos esta melhoria.

CMF – Quais serão as principais
discussões que deverão acontecer na Câmara Municipal de Franca em 2020?

Palamoni – Um dos
pontos é o das cirurgias eletivas, é um problema que a gente enfrenta. Na área
da saúde, houve uma ausência nas consultas em torno de 21%.  O trabalho
que está sendo feito para zerar a fila até que não está ruim, os problemas
estão sendo resolvidos. Mas as cirurgias eletivas são um problema que
enfrentamos pelo número de pessoas que aguardam na fila. Não depende só do
governo municipal, mas também das esferas federal e estadual. Outro ponto que
temos aí pela frente para enfrentar, e que não sei se conseguirá ser resolvido
ainda por esse governo, é a questão do recapeamento. Há bairros que passaram 15
anos sem recape, e o asfalto tem uma durabilidade de dez anos. É uma
necessidade muito grande, porque só o tapa-buraco não resolve o problema da
cidade.

CMF – O senhor gostaria de dar
algum recado à população sobre a Câmara Municipal de Franca?

Palamoni – Como
presidente eleito, eu quero, desde já, agradecer a confiança. Espero superar a
expectativa de todos e fazer um bom trabalho, um bom desempenho. Estamos
sujeitos a acertos e erros, isso é normal, mas vamos nos esforçar para fazer
nosso melhor. Conclamamos a população a acompanhar os trabalhos da Câmara: é
muito importante a participação do munícipe nas nossas decisões. A Câmara é
aberta ao público, mas aqueles que não podem estar presentes durante as sessões
podem acompanhá-las pelo Youtube (https://www.youtube.com/c/C%C3%A2maraMunicipaldeFranca1948),
pelo Facebook (https://www.facebook.com/camaradefranca),
no nosso site oficial (https://franca.sp.leg.br/) e pelos canais 6 da
NET e 61.3 da TV digital. Para sugestões, reclamações e críticas, nós temos o
WhatsApp da Câmara, cujo número é (16) 99321-2646, e o telefone da Ouvidoria,
que é (16) 3713-1580.

(Comunicação Institucional
Câmara)


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