Aromaterapia pode curar diferentes males e ainda ser usado na área estética

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  • Publicado em 2 de novembro de 2016 às 19:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:00
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Óleos essenciais possuem mais de 100 componentes, que atuam em conjunto para tratar mente e corpo

Relaxantes, afrodisíacos, antidepressivos, estimulantes, calmantes, energizantes. Extraídos das plantas, os óleos essenciais desempenham incontáveis funções que trazem diversos benefícios à vida das pessoas. Sua aplicação se dá através de uma das técnicas mais antigas da história de práticas de cura: A aromaterapia. Seja na forma de essências, sabonetes, velas, incensos ou até na formulação de produtos de beleza, o poder curativo das plantas é transferido para banhos, massagens e ambientes, equilibrando as emoções e fortalecendo o organismo.

Que o diga a técnica em Farmácia e estudante de Química Industrial, Sabrina Estefania da Guia, 20 anos, que há um ano coloca em prática as técnicas de aromaterapia. Com rotina atribulada, a jovem fica muito agitada, por isso opta por pingar algumas gotas de lavanda em seu travesseiro antes de dormir. “É extremamente relaxante, tenho noites de sono tranqüilo, acordando bem mais disposta”, argumenta.

Aromas agradáveis normalmente despertam os sentidos. E se esses perfumes forem exalados de óleos essenciais, o efeito é potencializado, reequilibrando as emoções e a saúde do corpo inteiro. Esse é o princípio básico da aromaterapia: Inalado, o aroma dos óleos chega ao cérebro, que passa a liberar substâncias de efeito relaxante – lavanda, lemongrass, laranja, manjerona, petitgrain, ylang-ylang e jasmim -; sedativo – gerânio, camomila, eucalipto e melissa -; estimulante – alecrim, bergamota, cravo, sálvia-esclaréia, hortelã-pimenta, limão e sálvia -; e refrescante – hortelã-pimenta, limão e pinho. Em contato com a pele, as essências são capazes de influenciar o metabolismo e fortalecer o sistema de defesa do organismo.

O alívio de diversos males

Tanto poder tem uma razão química: Os óleos essenciais são compostos de mais de 100 componentes, que atuam em conjunto para tratar a mente e o corpo. As antigas civilizações orientais sabiam disso há seis mil anos. Apesar desse conhecimento estar registrado em livros sagrados indianos, egípcios e de medicina chinesa, a medicina ocidental demorou a abrir espaço para a aromaterapia no tratamento de doenças. Mas a cada dia, confirma-se que os óleos essenciais podem aliviar diversos males, podendo inclusive serem associados a outros tratamentos. Um deles é o da TPM – Tensão Pré-Menstrual. Para acalmar e equilibrar os hormônios, os óleos mais indicados são os de gerânio, grapefruit, lavanda, mandarina, tangerina, néroli, rosa, camomila-romana, sândalo e vetiver. Para amenizar as dores decorrentes do ciclo menstrual, as propriedades dos aromas de sálvia-esclaréia, cipreste, gerânio, gengibre, junípero, lavanda, pinho, manjericão, erva-doce, manjerona e vetiver são muito bem-vindas. Os óleos essenciais podem ser utilizados durante o banho ou por meio de compressas, massagens e aromatização do ambiente.

As propriedades dos óleos essenciais são benéficas para praticamente todas as partes do corpo, ajudando na circulação, estimulando o coração, regulando o ciclo menstrual, eliminando toxinas, aliviando artrite, ajudando em problemas de digestão e cólicas, minimizando distúrbios do sistema respiratório, estimulando o cérebro, promovendo claridade mental, estimulando o sistema imunológico, podendo ainda, serem usadas inclusive na estética em tratamentos faciais, capilares e até em drenagem linfática e massagem modeladora. Apesar disso, a farmacêutica e terapeuta Cybele Scott faz uma ressalva: “Qualquer pessoa pode incorporar a aromaterapia em seu cotidiano, mas sempre com muita cautela principalmente as crianças, idosos e grávidas, pois se não forem bem escolhidos e não estiverem na dosagem correta os óleos podem ser prejudiciais”, destaca Cybele.

Como se vê, sentir aromas agradáveis pode ter um efeito altamente terapêutico.