Cientistas alemães conseguem avanços na luta contra a malária

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 18:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:35
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Pesquisadores encontraram maneira mais rápida, eficiente e ecológica para produção de ativo contra a doença

Um grupo de pesquisadores da
Alemanha encontrou uma maneira mais rápida, eficiente e ecológica de produzir o
principal ingrediente ativo em medicamentos anti-malária. “Esta descoberta
tem o potencial de salvar milhões de vidas”, disse Peter Seeberger,
diretor do Instituto Max Planck de Colóides e Interfaces, em Potsdam, na
Alemanha. A informação é da agência alemã DPA, divulgada na última sexta-feira,
23 de fevereiro.

O grupo de cientistas encontrou uma maneira de
copiar e acelerar o processo pelo qual a planta Artemisia annua produz
artemisinina, o ingrediente principal nestes medicamentos. De acordo com a
fonte, o processo leva menos de 15 minutos.

A
descoberta, contudo, ainda está sendo vista com cautela pela comunidade
científica. “As revoluções são vistas anos mais tarde, em
retrospectiva”, disse o cientista Juergen May, do Instituto Bernhard Nocht
de Medicina Tropical, em Hamburgo.

Nesse
sentido, ele considerou que uma verdadeira revolução teria sido a descoberta do
método para alcançar uma substância sintética que preencheria a função da
artemisinina. Além disso, ele advertiu que o parasita da malária está
desenvolvendo resistência à artemisinina, como já foi observado nos países do
Sudeste Asiático.

A
organização Médicos Sem Fronteiras juntou-se à cautela. “Novas formas de
combater a malária devem ser desenvolvidas e a pesquisa deve se concentrar em
novas drogas”, disse Marco Alves, o coordenador de campanha do grupo na
Alemanha.


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