Tratamento adequado em cães permite longevidade e qualidade de vida ao animal

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  • Publicado em 3 de setembro de 2018 às 14:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:59
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Doença acomete mais cães de meia-idade e idosos, que com diagnóstico precoce podem ter qualidade de vida

A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) ocorre quando o coração já não é mais capaz de fornecer a quantidade necessária de sangue ao organismo, ou seja, quando perde sua capacidade de bombear o sangue.

“Inicialmente, os sintomas da ICC em cães podem ser silenciosos, motivo pelo qual todo cão deve passar por consultas anuais com um médico-veterinário para um check-up de rotina, a fim de possibilitar um diagnóstico precoce”, orienta Gabriela Rosa, médica-veterinária e gerente técnica de Pets da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.

Quando existentes, os sintomas relacionados à ICC que os cães podem apresentar incluem tosse, dificuldade em respirar, intolerância a exercícios, falta de energia, diminuição do apetite, emagrecimento e desmaios.

De modo geral, a ICC acomete os animais de meia-idade a idosos. “Porém, existem problemas cardíacos congênitos, quando os animais já nascem com alguma alteração no coração. Esses são menos comuns e manifestam-se quando os animais ainda são jovens, entre três e cinco meses de idade”, reforça a médica-veterinária.

A partir dos sete anos de idade recomenda-se a realização de exames anuais como hemograma, avaliação das funções dos rins e do fígado. Caso o pet tenha algum sintoma sugestivo de doença cardíaca ou o médico-veterinário encontre alguma alteração durante o exame físico, ele poderá solicitar exames específicos para investigar alterações do coração, como raio-x de tórax, ecocardiograma (ultrassom do coração) e eletrocardiograma. Estes exames também são utilizados para o monitoramento da doença, uma vez que se tenha o diagnóstico e início do tratamento.

Existem duas doenças cardíacas de grande importância: a insuficiência valvar (doença das válvulas cardíacas) e a cardiomiopatia dilatada (doença do músculo cardíaco).

A primeira acomete principalmente cães de raças pequenas, como Poodle, Dachshund, Shi-tzu, Schnauzer miniatura, entre outras. A raça Cavalier King Charles Spaniel, que não é tão popular no Brasil, tem predisposição genética ao desenvolvimento de doenças das válvulas cardíacas e pode manifestar sintomas mais cedo (três a cinco anos de idade). Já a cardiomiopatia dilatada acomete com mais frequência cães de raças grandes ou gigantes, como Boxer, Labrador, Dogue Alemão e Dobermann, o qual também tem predisposição genética para desenvolvimento da doença.

Tratamento da ICC

Após o diagnóstico da Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e de sua causa, o médico- veterinário irá prescrever medicações para buscar aliviar os sintomas e caberá ao tutor aderir ao tratamento adequadamente e manter o acompanhamento de rotina com o médico-veterinário responsável, já que as doenças do coração demandam supervisão pelo resto da vida do animal.

Recentemente, a Boehringer Ingelheim Saúde Animal, trouxe para o Brasil o Vetmedin®, medicamento para o tratamento da ICC nos cães, que possui como princípio ativo o Pimobendan, inodilatador para uso exclusivo em cães. A medicação promove a vasodilatação – que é o aumento do diâmetro dos vasos sanguíneos, possibilitando que o sangue seja bombeado com maior facilidade – e aumenta a capacidade de contração da musculatura cardíaca devido ao seu efeito inotrópico positivo. “Em linhas gerais, Vetmedin® proporciona melhora clínica do animal. Não se trata apenas de fazê-lo viver mais, mas principalmente de oferecer mais qualidade de vida ao cão, diminuindo os sintomas da ICC e, consequentemente, proporcionando mais conforto e bem-estar”, explica Gabriela Rosa.