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Após identificar alguns dos principais sintomas, é chegada a hora de agir para que o transtorno seja logo resolvido, ou ao menos amenizado
Campanha Setembro Amarelo também é voltada para os mais jovens
Você sabia que a campanha Setembro Amarelo também engloba os mais jovens?
Afinal, as mudanças decorrentes da pandemia do coronavírus trouxeram novos desafios e um modo de vida completamente diferente do habitual.
Sendo assim, se mesmo compreendendo a situação e mantendo-se informados, os adultos sofreram com ansiedade, estresse e depressão, como será que ficaram as crianças e adolescentes diante desse cenário?
“A pandemia trouxe perdas, além das mortes de pessoas queridas. Aulas online, encontros virtuais, falta de interações pessoais e impossibilidade de contatos amigos e familiares, gerou uma ansiedade além do normal”, explica a pediatra Felícia Szeles.
Adaptação sempre é um assunto complicado para os pequenos, seja em uma nova escola ou casa, por exemplo.
E nem sempre essas limitações acabam na infância, podendo perdurar ainda até a puberdade e adolescência.
A personalidade em formação e as novas descobertas diárias, quando aliadas ao contexto pandêmico e suas restrições, mostram uma grande explosão de sentimentos, principalmente o medo.
A médica relembra a importância dos estímulos sociais nessa fase da vida para o desenvolvimento cognitivo e pontua ainda que a ansiedade, quando não é devidamente tratada, pode evoluir para doenças, como dores de cabeça crônicas, obesidade, vícios, depressão e insônia.
“Devemos acolher esse problema em qualquer idade, mas os cuidados devem ser maiores com crianças e adolescentes, já que eles têm menos repertório da vida e de como lidar com essas questões. E como fazer isso? Conversando e estando próximos deles”, aconselha a pediatra.
Saiba identificar os sintomas
Segundo Felícia, há alguns indícios que podem ser observados para ajudar no diagnóstico:
– dificuldade para dormir ou excesso de sono;
– tontura;
– boca mais seca;
– mãos geladas;
– irritabilidade;
– tédio;
– falta de interação social por vontade própria;
– baixa no rendimento escolar;
– dificuldade para expor sentimentos.
Prestando apoio
Após identificar alguns dos principais sintomas, é chegada a hora de agir para que o transtorno seja logo resolvido, ou ao menos amenizado.
Para isso, a especialista dá algumas dicas de como agir nessa situação. Confira:
– Dialogue sempre e sobre todos os assuntos;
– Esteja presente no dia a dia de seu filho;
– Permita, quando possível, o retorno à escola presencialmente (seguindo todas as medidas de proteção contra a Covid-19, claro!);
– Estimule a prática de atividade física e o retorno aos esportes, também seguindo todos os protocolos de prevenção;
– Tenha uma rotina saudável, com horários para estudos, esporte, lazer, uma boa alimentação e, principalmente, uma boa noite de sono. A rotina é super importante para o controle da ansiedade.
Embora todas essas medidas sejam efetivas e auxiliem a criança e o adolescente nesse período difícil, buscar ajuda médica deve sempre ser considerado.
“Se notar algum desses sintomas ou comportamentos diferentes, converse imediatamente com o pediatra para poder ter um diagnóstico mais assertivo”, orienta Felícia.
Ela ressalta ainda que não há um tratamento padrão e aplicável para todos os casos. Cada paciente deve ser avaliado individualmente e as tratativas podem ser desde pequenas mudanças na rotina, como falado acima, ou por meio de terapia e remédios.
Apenas um profissional qualificado e capacitado poderá dizer qual é o mais indicado para seu filho. Por isso, converse com seu médico e jamais use medicações sem prescrição.
*Informações Alto Astral