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Trata-se de um patamar elevado que dá bastante conforto do ponto de vista da estratégia e redução dos leilões em momentos de volatilidade
No ano das eleições de 2022, o Tesouro Nacional prevê entrar com reserva de caixa de mais de R$ 1 trilhão, recurso suficiente para pagar todos os títulos da dívida que vencerão ao longo do ano.
Esse é o “colchão de liquidez”, recurso que o governo tem exclusivamente para o pagamento da dívida.
O mecanismo funciona como uma espécie de seguro para o enfrentamento de instabilidades e movimentos de alta volatilidade dos preços dos principais indicadores do mercado, como juros e dólar.
Venda de títulos
Nestes momentos, o Tesouro pode botar o pé no freio reduzindo a venda de títulos, como ocorreu na semana passada, quando o mercado sentiu a pressão provocada pelo aumento de incertezas fiscais e ruídos políticos.
O Banco Central (BC) também endureceu o processo de alta de juros e elevou em um ponto porcentual a taxa Selic, para 5,25%, para controlar a alta da inflação.
O Tesouro Nacional tem hoje uma gordura para momentos de volatilidade e poder reduzir suas emissões de títulos, como fez na semana passada, reduzindo drasticamente a venda de títulos.
Reforço de caixa
O colchão de liquidez está atualmente em R$ 1,17 trilhão, na máxima histórica, depois de ter caído fortemente no ano passado, quando a pandemia elevou os gastos do governo em R$ 600 bilhões.
No fim do ano passado e no primeiro semestre de 2021, o Tesouro foi reforçando o caixa com a venda maior de títulos e a melhora do quadro fiscal.
Desde junho do ano passado, o colchão teve alta superior a 70%, chegando a um patamar que faz frente aos vencimentos de R$ 1,18 trilhão nos próximos 12 meses.
O repasse de R$ 325 bilhões do lucro do BC com a variação cambial foi essencial para esse reforço no caixa.
(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).