Se o lockdown em Franca foi uma prova, supermercados e varejão levaram pau

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 10 de junho de 2021 às 18:30
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Consumidores francanos reclamaram muito da qualidade do atendimento e da falta de eficiência de mercados e varejões durante o lockdown

Mesmo estabelecimentos tradicionais em Franca tiveram muita dificuldade para atender o volume de pedidos durante o lockdown

O período de lockdown em Franca foi um teste para supermercados e varejões. E eles foram reprovados.

Pelo menos é o que se observa nos comentários de consumidores nas redes sociais, onde as críticas são contundentes. Até mesmo a prepotência de funcionários foi lembrada nas reclamações, tipo: “se quiser, é assim”.

Muitas falhas

As reclamações foram muitas: compras não entregues e compras que demoraram dias para chegarem na casa dos clientes são algumas delas.

Mas existem várias outras: produtos substituídos sem consulta ao cliente, legumes, hortaliças e frutas passadas ou perto do vencimento.

São produtos que, numa compra presencial, não seriam escolhidos pelos consumidores.

Mas a maior reclamação é com relação aos preços: como a compra é virtual, o consumidor não teve a opção de ver o preço. E os preços não foram nada camaradas.

Novo normal

Tocando o dia a dia, supermercados e varejões não se preocuparam com a tecnologia, em inovar e em treinar seus funcionários.

Num período de emergência, como aconteceu durante o lockdown, era natural que o sistema presencial não daria certo no ambiente virtual.

O uso de tecnologia e ênfase no delivery deveriam ser a primeira preocupação de supermercados e varejões. Mas isso não foi considerado com a prioridade que deveria.

O novo normal mostra que o presente e o futuro são das compras digitais, que devem passar a ser a principal fonte de renda desse tipo de estabelecimento.

Melhor caminho

Se o lockdown foi um teste e as empresas sabem que foram reprovadas, o melhor caminho daqui para frente é saber lidar com o “novo normal”.

Se o e-commerce brasileiro é um exemplo de competitividade e eficiência, o mesmo não se pode falar de quem vende no varejo e trabalha com produtos perecíveis.

Enquanto o e-commerce faz entrega de compra supérflua no mesmo dia ou em dois dias, supermercados e varejões, que vendem primeira necessidade, demoraram dias para levar os produtos para seus clientes.

Dinheiro

Escolados, os consumidores terão novas exigências. Como tem o dinheiro e o poder de escolha, o estabelecimento perto de casa já não terá tanta importância.

Pela experiência que o cliente teve com o estabelecimento, pode-se esperar que ele vai buscar outra experiência, um atendimento mais cordial, um atendimento mais rápido, uma entrega instantânea, sem que o preço salgue o bolso de quem compra.

A tendência é a de que os clientes buscarão valorizar as lojas que se adaptaram e que estejam prontas para o “novo normal”, com preço baixo e alta qualidade.

O “novo normal” exige o pensamento “fora da caixa”. Tudo para manter o consumidor, porque a verdadeira guerra no segmento de varejos vai começar agora.


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