Retorno à rotina, no período pós-pandemia, trará atenção especial com o psicológico

  • Marcia Souza
  • Publicado em 13 de outubro de 2021 às 06:00
  • Modificado em 13 de outubro de 2021 às 06:04
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Distanciamento muda a forma de viver das pessoas e pode causar estresse comportamental e físico nas pessoas

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O retorno à rotina, neste período de retomada que se inicia, tem que ser acompanhado de muita atenção com o aspecto psicológico.

Quando necessário, não se deve evitar a busca de ajuda especializada para se readaptar.

É o caso da professora Sílvia Almeida, de 56 anos. Ela conseguiu cumprir a maior parte das atividades remotas com seus alunos na pandemia.

Em poucos momentos, precisou estar presencialmente na escola, desde o início das restrições por causa do novo coronavírus.

Nesse período, ela conciliou as aulas de educação física na tela do computador com os cuidados com a mãe e o tio, já idosos.

Estranheza

Com o retorno das aulas, no entanto, sem entender ao certo o que se passava, Sílvia encarou um processo rápido de adoecimento: tontura, taquicardia, fraqueza, dores musculares e crises agudas de fibromialgia.

A filha percebeu a necessidade de uma ajuda psiquiátrica e, após 20 dias de medicação antidepressiva e de psicoterapia, a professora começou a melhorar.

“Em alguns casos em que os sintomas estão muito intensos, a gente precisa da avaliação psiquiátrica somada à psicoterapia justamente para diminuir a presença desses sintomas”, explica Flávia Dalpicolo.

A psicóloga acrescenta que, em casos não patológicos, a orientação é a exposição gradual.

“A gente não precisa enfrentar tudo de uma vez, pode ser gradualmente, mas a exposição, o enfrentamento desses contextos, é o que nos permite desenvolver repertório, habilidade, para lidar com esse novo normal”, orienta.


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