Preços dos medicamentos podem ter reajuste de até 5,5% a partir de abril

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 21 de março de 2023 às 09:00
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Os remédios vendidos nas farmácias brasileiras caminham para sofrer dois reajustes em 2023: o anual e a compensação do ICMS

O consumidor brasileiro já deve se preparar o bolso para uma alta nos preços dos remédios a partir de abril deste ano.

O reajuste anual é feito pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão ligado á Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para 2023, a expectativa de aumento é de 5,5%.

Os remédios vendidos nas farmácias brasileiras caminham para sofrer dois reajustes em 2023.

Dois reajustes

Além do aumento anual autorizado pelo governo, a ser aplicado a partir de 1º de abril, as novas alíquotas de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) determinadas para remédios por mais de uma dezena de Estados, para compensar a limitação do tributo estadual incidente sobre combustíveis e energia, resultarão em produtos mais caros.

Levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) mostra que, no acumulado de 2021 e 2020, os medicamentos ficaram em média 3,75% mais caros, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%, diferença de 11 pontos percentuais.

Economizar

Em entrevista à Jovem Pan News, o fundador de uma ferramenta de comparação de preços de medicamentos, Angelo Alves, afirmou que os grupos mais afetados são os de pacientes de baixa renda e os que utilizam medicamentos contínuos e de alto custo.

Por causa disso, a plataforma criada por Alves iniciou uma campanha de alerta para quem precisa comprar remédios com frequência.

São dicas simples para não sofrer tanto com o impacto do aumento como antecipar-se ao reajuste e comprar remédios antes de abril, comparar os preços entre farmácias, parcelar as compras, dar preferência aos genéricos e buscar descontos e opções de remédios gratuitos, como no programa Farmácia Popular.

Segundo o especialista, ao seguir estas recomendações é possível economizar até 40% na hora de comprar os remédios.


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