Pandemia afeta relações e distancia as pessoas em um novo formato de Dia das Mães

  • Marcia Souza
  • Publicado em 9 de maio de 2021 às 14:00
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Cansaço e estresse marcam o período, mas mudanças foram positivas

Cansaço e estresse marcam o período, mas mudanças foram positivas

Pelo segundo ano seguido, o Dia das Mães será comemorado durante a pandemia da covid-19.

Uma das datas mais importantes do calendário brasileiro, será novamente celebrado em casa ou em pequenas reuniões.

E as mães, que na maioria dos casos são as que acumulam as tarefas domésticas e a criação dos filhos, passarão mais uma data celebrando e refletindo sobre esse período desafiador da história da humanidade.

É o caso da secretária escolar Roberta Gerardi, mãe da Gabriela, de 7 anos e da Giovana, de 13 anos.

Ela diz que vai passar a data com a mãe, de 70 anos, e com a tia, de 77 anos, mas as duas já tomaram a vacina contra a covid-19.

Roberta disse que o período de isolamento tem sido de muito aprendizado e relembra o começo da fase.

“No começo foi bem legal, a gente cozinhava juntas, inventava fazer um monte de coisa e foi bem divertido, como se fosse umas férias, mas de repente aquelas férias começaram a não ter fim, a rotina veio e teve uma fase bem complicada”, diz.

E continua: “A gente começa a perceber que tem muita diferença de pensamentos, idades e vem as divergências, mas aí a gente vai conversando, respirando fundo e com muito amor a gente vai resolvendo as coisas”.

A secretária disse que a cozinha aproximou as três. “Essa parte da cozinha acabou juntando a gente e fazendo com que esse momento tão difícil ficasse um pouquinho mais suave. A cozinha que juntou a gente”, disse emocionada.

Roberta ficou apenas 30 dias em casa e depois teve que voltar a trabalhar presencialmente, e as crianças ficaram sob os cuidados da avó. Mesmo assim, sem poder ir a outros lugares e viajar, a convivência foi muito próxima e tudo mudou.

“A rotina, as necessidades das crianças acabam sendo outras, e aí a gente vai vendo que elas são carentes, ao mesmo tempo que a gente está presente, estamos ausentes com a correria do dia a dia”, afirmou.

Ela diz que a relação evoluiu. “Esse isolamento fez com que a gente se aproximasse mais, então tudo mudou. Mas foi uma mudança para melhor, porque quando a gente tem amor e tem paciência, no final tudo dá certo”.

Para ela, manter o equilíbrio não é tarefa fácil, mas o amor de mãe – e muita paciência – ajudam a segurar os pontos de divergência que ocorrem depois de tanto tempo juntas.

“É bem complicado manter o equilíbrio com uma criança de 7 anos e uma quase adolescente de 13 anos desesperada para sair da toca, mas a gente respira fundo, pede a Deus orientação e segue em frente. E pensar no amor, que é o maior de todos os sentimentos, no respeito mútuo e pensar que dias melhores vão vir e que tudo isso é um aprendizado para que a gente consiga evoluir”.


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