Moradores de rua fazem albergue paralelo e dormem ao relento no “puxa-faca”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de julho de 2017 às 13:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:16
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Abrigo Provisório da Vila Gosuen oferece 75 vagas, que tem sido preenchidas todas as noites

​O Abrigo Provisório de Franca, localizado no coração do “puxa-faca”, tradicional ponto de venda de drogas, principalmente crack, da Vila Gosuen, na região norte da cidade, oferece 75 vagas para moradores de rua e migrantes passarem a noite. 

Tradicionalmente, em épocas de frio, como a atual, todas as vagas são ocupadas pelo público-alvo. Com isso, aqueles que não conseguem vaga, ou que não querem, por não conseguirem ficar sem usar drogas e álcool, o que é proibido no albergue, fazem das calçadas o seu local de dormir. 

Durante o dia, é possível encontrar nas calçadas muita sujeira, dezenas de garrafas de pinga, roupas, colchões, cobertores e até pessoas dormindo, a maioria após virarem a noite consumindo crack.

A movimentação diurna é pouca, uma vez que eles saem às ruas próximas para pedir dinheiro nos sinaleiros das avenidas próximas, como Moacir Vieira Coelho, Orlando Dompieri, Chico Júlio, Flávio Rocha e Abrahão Brickmann.

A única medida que as autoridades podem tomar, já que não se existe leis que impeçam as pessoas de viver desta forma, em meio à sujeira e morando nas ruas, é realizar com mais intensidade trabalhos de abordagem e identificação dos mesmos, a chamada busca ativa.

A cena se repete também em outros bairros da cidade, como Jardim Redentor, Jardim Barão, Estação e até no Centro. Em todos esses pontos, a Polícia Militar faz rondas constantes afim de coibir, pelo menos, o tráfico de entorpecentes.


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