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SE ACASO VOCÊ CHEGASSE…
“…No meu barraco encontrasse / Aquela mulher que você gostou…”
Olha a traição aí, gente ! E isso não é deste Carnaval, não ! Aliás, nem é de Carnaval …É, segundo a fonte, coisa da vida real, fato acontecido lá na década de 30 !
Segundo os pesquisadores Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello, no seu livro “A Canção No Tempo”, Vol. 1, a coisa teria sido como nos parágrafos seguintes.
Boêmio e conquistador inveterado, Lupicínio Rodrigues, consagrado compositor gaúcho, várias vezes transformou em samba episódios de sua própria vida sentimental. Assim, por exemplo, aconteceu com a canção título desta pequena matéria, “Se Acaso Você Chegasse”. É uma espécie de mensagem/sondagem que dirige a um amigo, Heitor Barros, de quem havia tomado a namorada. Lupi sabia que havia agido mal e temia perder o amigo (imagine você, TEMIA perder o amigo, rsss), que muito prezava. Para evitar o rompimento, procurava convencê-lo de que a amizade dos dois era mais importante do que a mulher infiel (“Será que tinha coragem/ de trocar nossa amizade/ por ela que já te abandonou…”), ao mesmo tempo em que lhe comunicava um fato consumado (“Eu falo porque essa dona/ já mora no meu barraco…”) de difícil reversão (“…de dia me lava roupa/ de noite me beija a boca/ e assim nós vamos vivendo de amor”).
A verdade é que o poeta queria ficar MESMO com a mulher , mas, também com o amigo. E acabou conseguindo tal feito, pois Heitor gostou do samba e perdoou a traição.
Composto em 1936, de improviso, na calçada do Café Colombo, em Porto Alegre, “Se Acaso Você Chegasse” é considerado um dos melhores sambas de todos os tempos, possuindo ainda o mérito de ter projetado nacionalmente Lupicínio Rodrigues e Ciro Monteiro, o primeiro intérprete a gravá-la, em 1938 seguido de Elza Soares, em 1959.
A composição é assinada também por Felisberto Martins.
Fonte : “A canção no tempo” – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello
MARCHINHAS DE CARNAVAL – VOCÊ SABIA ?
Passei mais de 40 anos em cima de palcos cantando músicas de carnaval ! Em muitos pontos do Brasil. Quando cantei pela primeira vez tinha 15 anos de idade. Tem muita gente, inclusive, que pensa que eu sou um CANTOR DE CARNAVAL ! Só me viram nessas ocasiões !
Pois bem, pesquisei e destaco pra você algumas das marchinhas carnavalescas mais populares de todos os tempos, algumas das que mais cantei durante todo esse tempo. É verdade que estão um pouco fora de moda, só entoadas nos bailes saudosistas, mas realmente são inesquecíveis. São muitas, mas vou me ater a citar apenas 15 entre todas.
A primeira marchinha carnavalesca registrada na história do carnaval brasileiro foi “ABRE ALAS”, de Chiquinha Gonzaga, escrita em 1899 para a Escola Rosas de Ouro, do Rio de Janeiro. É tida como a marchinha mais popular dentre todas.
A seguir, vem “MAMÃE EU QUERO”, gravada em 1937 por Jararaca e Vicente Paiva e em 1941 por Carmem Miranda.
“AURORA” é outra campeã de popularidade. Foi escrita numa quarta-feira de cinzas em 1941, por Mário Lago e Roberto Riberti.
Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro e Heber Lobato escreveram outra inesquecível marchinha : “CACHAÇA”. É de 1953.
“TURMA DO FUNIL” é assinada também por Mirabeau Pinheiro, em parceria com M. de Oliveira e Urgel de Castro, do ano de 1946.
“ME DÁ UM DINHEIRO AÍ” foi criada entre 1959 e 1960 por Ivan, Homero e Glauco Ferreira e foi gravada e virou enorme sucesso na voz de Moacir Franco.
Numa mesa de bar, João Roberto Kelly escreveu, no início da década de 60, outra campeã de popularidade : “CABELEIRA DO ZEZÉ”. O Zezé era um garçom que sempre servia o compositor, num bar do Leme, no Rio de Janeiro.
Sílvio Santos imortalizou outra obra carnavalesca das mais cantadas em todos os tempos :” A PIPA DO VOVÔ “. Os autores são Manoel Ferreira e Ruth Amaral e foi escrita na década de 80.
Sem muitos detalhes, quero citar também : “O TEU CABELO NÃO NEGA”, de Lamartine Babo; “CIDADE MARAVILHOSA”, de André Filho; “MARIA SAPATÃO”, de João Roberto Kelly; “BALANCÊ”, de João de Barro e Alberto Ribeiro; “SACA ROLHA”, de Zé da Zilda, Zilda do Zé e Waldir Machado; “SASSARICANDO”, de Luis Antônio, J. Júnior e Oldemar Magalhães e “CACHAÇA NÃO É ÁGUA”, assinada por Carmen Costa e Mirabeu Pinhiro.
Muito bem, falei de apenas 15 ! Só eu cantei ao longo desses anos de carnaval umas 200 ou mais, sem exagêro ! Qualquer dia desses elenco mais outras tantas.
Na foto, um dos meus carnavais com a Orquestra Laércio de Franca, em São Joaquim da Barra, em 1973 ou 1974 (falhou o registro, rsss).
Fontes : Pesquisa na Internet e nos meus cadernos de repertório de carnaval.
BENY CHAGAS MUSIC SHOW
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*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.