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Com desemprego em 14,7% no trimestre encerrado em abril e a redução do auxílio emergencial, o consumo de carne teve queda de 40%
Vários alimentos já sumiram do prato do mais pobre, que vai fazendo substituições alimentares para sobreviver
Uma notícia divulgada neste domingo (25) pelo jornal Folha de S.Paulo diz que a alta dos preços combinada com o desemprego recorde já priva o prato do brasileiro mais pobre da refeição-símbolo do país: o arroz com feijão.
Óleo de soja, feijão e carne foram trocados por banha de porco, lentilha e ovo por causa da inflação, que afetou o custo dos alimentos.
O arroz quebrado assumiu o lugar do padrão. Frutas e verduras já haviam sido retiradas do cardápio.
Em seguida, as pessoas em situação de insegurança alimentar abdicaram da carne e dos laticínios, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.
Com o desemprego em 14,7% no trimestre encerrado em abril e a redução do auxílio emergencial, o consumo de carne bovina teve queda de 40% em cidades como Cuiabá, tendo sido trocada por frango.
Em todo o país, a adoção de ovos na dieta cresceu 9%.
As classes D e E passaram a comer mais apresuntados, empanados e pães industrializados.
Pesam ainda no orçamento dos mais pobres a disparada de 24% do preço do gás de botijão nos 12 meses até junho e salto na conta de luz de 14%.
Para a fatia da população que ganha menos de R$ 1.650,50, a faixa de renda mensal mais baixa, a inflação foi de 9,2% no período, a maior variação para um grupo de renda entre todos os pesquisados pelo Ipea.