Segundo uma notícia publicada pela CNN Brasil, os condutores que tentaram economizar e optaram por ter um carro a gás, viram o GNV subir 37,11%.
O pesquisador da FGV, Matheus Peçanha, afirma que o preço doméstico da gasolina e do gás natural veicular seguem as cotações do petróleo e do câmbio.
“O valor do barril tem subido por causa da política da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de restrição na produção, enquanto o câmbio sofreu muita desvalorização desde o início da pandemia”, disse ele.
“Já o etanol seguiu a conjuntura da cana-de-açúcar, que teve a produção afetada com a estiagem que já dura mais de um ano e as geadas do inverno passado”, explica Peçanha.
Alta no preço de veículos
A pressão vai além dos combustíveis, e está ligada também à linha de produção dos veículos.
Quem quiser comprar um automóvel novo vai encontrar valores 11,27% mais altos, em média.
Já uma moto nova está cerca de 7,85% mais custosa. Peçanha ressalta que a escassez de matéria-prima causou a elevação de preço ao consumidor final.
“A indústria automotiva teve um grave problema ao longo desse ano com escassez de matéria-prima para fabricação de chapas, peças e acessórios, o que causou praticamente uma ausência de automóvel e motocicleta novos e encareceu o processo de produção”, diz.
Usados mais caros
Os automóveis usados também não dão alívio para o bolso, já que acumulam uma alta de 8,44% no período de 12 meses. Além disso, o item “peças e acessórios” sofreu um aumento de 12,06%.
“As peças e acessórios no mercado secundário seguiram obviamente a mesma tendência derivada do mesmo problema de matéria-prima. E os automóveis usados tiveram um aumento de demanda, como consequência dos automóveis novos em menor número e mais caros no mercado”, explica o pesquisador.
Também foram analisados os valores dos estacionamentos, que apresentaram alta de 2,41%. Já o aluguel de veículos apresentou aumento de 2,31%.
O levantamento mostra ainda que o único item que apresentou redução, ainda que pequena, foi o seguro facultativo para carros. O serviço teve uma queda de 0,23% desde novembro do ano passado.